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Inter atropela Milan para abrir vantagem na Série A e afirmar projeto
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A Internazionale tomou a liderança do rival Milan na Série A italiana na rodada passada, a 22ª. Venceu por 3 a 1 a Lazio em San Siro e viu o time rossonero cair para o debutante Spezia por 2 a 0.
Parecia a senha para a passagem de cetro no clássico. Até pelo triunfo dos neroazzurri nas quartas da Copa da Itália. Porque a Inter, comandada por Antonio Conte, já sinalizava na temporada passada que seria a equipe mais capacitada para aproveitar qualquer oscilação da eneacampeã Juventus.
E não decepcionou no Derby della Madonnina. A Internazionale atropelou na maior parte do tempo. Domínio absoluto do primeiro tempo, controlando o jogo pela negação dos espaços ao rival e o aproveitamento das brechas para tirar a bola da pressão e acionar a dupla Romero Lukaku-Lautaro Martínez. Com qualidade em todos os setores na execução do 3-5-2 habitual.
Desde o ótimo goleiro Handanovic, que garantiu a vantagem mínima no início do segundo tempo com belas defesas, contendo a "blitz" do Milan. Passando pela intensidade dos alas Hakimi e Perisic voando pelos flancos. Ainda a precisão de Brozovic, Barella e Eriksen para acelerar a transição ofensiva.
Na frente, o ponto de desequilíbrio. Lukaku e Martínez afinam cada vez mais a sintonia. No primeiro gol, o belga, que seria, em tese, o "pivô", atacou pelo lado e preparou para o atacante mais móvel definir de cabeça. Depois de dez minutos de pressão rossonera na volta do intervalo, a combinação entre Eriksen e Perisic servindo Lautaro, eficiente mais uma vez.
E Lukaku fez história definindo os 3 a 0 em fantástica arrancada, sendo o primeiro atacante da história a marcar em cinco clássicos seguidos e ainda assumindo a ponta da artilharia com o 17º gol na liga. O dominio aparente do Milan a partir dos 20 minutos do segundo tempo deixou uma impressão de equilíbrio nos números: 60% de posse, as mesmas 16 finalizações do rival - oito no alvo, duas a mais que a Inter.
Mas os neroazzurri só correram algum risco mesmo no início do segundo tempo. O projeto de reestruturação do Milan com Stefano Pioli é promissor e pode entregar um scudetto no futuro. Mas em grandes jogos ainda sente o peso e vive de acionar Ibrahimovic, que surpreende quase aos 40 anos pelo alto nível, mas não a ponto de carregar o time.
A Inter vem fracassando na Liga dos Campeões, com eliminações seguidas na fase de grupos, "aditivada" por uma grande infelicidade nos sorteios. Mas talvez o primeiro passo do projeto ambicioso do clube seja voltar a vencer a Série A, o que não acontece desde 2009/10, temporada da tríplice coroa e de hegemonia com um pentacampeonato.
Abrindo quatro pontos sobre o Milan e onze, com dois jogos a mais, acima da poderosa Juventus, o caminho parece pavimentado. Principalmente pela força de um elenco homogêneo que ainda conta com Ashley Young, Arturo Vidal e Alexis Sánchez. Não é pouco. Talvez para ganhar a Europa novamente ainda seja pouco, mas na Itália já começa a sobrar.
(Estatísticas: SofaScore)
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