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Com Rafinha e força no mercado, Grêmio tira a "bengala" de Renato Gaúcho
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Renato Gaúcho voltou do "recesso" depois de perder a Copa do Brasil para o Palmeiras na vitória em casa do Grêmio por 4 a 0 sobre o Pelotas pela sétima rodada do estadual. Com um jogo a menos, tem o mesmo aproveitamento do rival Internacional.
Baixa intensidade, circulação lenta da bola e alguns sustos no primeiro tempo. Com Ricardinho e Thaciano nas vagas de Heitor e Léo Chu, depois Lucas Silva na vaga de Maicon, a equipe despertou e construiu a goleada com naturalidade em 12 minutos. Dos 21 aos 33, Ricardinho, Alisson, Diego Souza e Ferreira foram às redes.
O Pelotas saiu reclamando com razão de um pênalti aos dez da segunda etapa, com o placar em 0 a 0 - o lateral direito. Marcelo foi derrubado por Heitor na linha da grande área e o árbitro Eleno Todeschini marcou falta na entrada da área.
Mas o Grêmio é notícia mesmo no mercado. Como bem explicado pelo companheiro Rodrigo Mattos, o clube se saiu bem nas finanças durante a pandemia, incluindo as vendas de Everton Cebolinha para o Benfica e Pepê para o Porto. Receita de quase R$ 500 milhões e superávit de R$ 37,5 milhões em 2020.
Com saúde e capacidade de competir com os times de maior investimento do país, o clube fechou com Rafinha, que o Flamengo não contratou por não caber no orçamento, e está bem encaminhado para anunciar Rafael Borré, colombiano que tem contrato com o River Plate até o final de junho. Atacante que o Palmeiras queria, mas também não conseguiu encaixar os custos nas planilhas.
Renato Gaúcho ainda não está satisfeito e fala publicamente sobre o interesse em Rafael Carioca e Douglas Costa. E ainda tem a boa notícia de que começa a encontrar um goleiro confiável em Brenno, 21 anos. No "vácuo" da irregularidade de Vanderlei e Paulo Victor.
A tendência é ter o elenco bem fortalecido para a temporada 2021, o que tiraria a "bengala" do treinador para explicar a falta de títulos relevantes desde a conquista da Libertadores 2017: Palmeiras e Flamengo dominam porque investem mais. Os famosos "200 milhões" que Renato usa como argumento para justificar o domínio rubro-negro no Brasileiro, grande pedra no sapato e motivo principal das discussões do técnico com a imprensa gaúcha.
É claro que um tetracampeonato sul-americano soterraria o incômodo com a falta do principal título nacional, que não vem desde 1996. Mas o que já era fonte de críticas se transformou em desgaste gigante com o Internacional ficando a um gol sobre o Corinthians de encerrar antes o jejum mais longo, desde 1979. Sem contar a frustrante sexta colocação que desta vez obriga o Grêmio a jogar as fases preliminares da Libertadores.
Pela agressividade no mercado, Renato Gaúcho terá um elenco para ser forte em todas as frentes. Unindo a base experiente com jovens promissores revelados pelo clube e as contratações que dão peso e impõem respeito. Com contrato renovado até o final do ano, é hora do técnico trabalhar para recuperar o prestígio de candidato a sucessor de Tite na seleção brasileira. Ir além dos estaduais, das bravatas e do coitadismo. Não tem mais desculpas.
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