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Nacho Fernández é jogador para mudar status do Galo. Em bola e mentalidade
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Três gols, duas assistências, um pênalti sofrido. Em três partidas, participou de seis dos sete gols marcados por seu time.
Ignácio Fernández, ou Nacho, chegou ao Atlético Mineiro com encaixe quase imediato. Mesmo descontando a fragilidade dos adversários em Minas Gerais, comparado à pretensão do clube de duelar no mais alto nível no país e no continente, é um início mais que animador.
Na oscilação natural do início de trabalho de Cuca, o meia argentino de 31 anos já é uma espécie de "bola de segurança" para os companheiros. Não que ele necessariamente vá buscar a bola toda hora no pé dos volantes ou até dos zagueiros para articular o jogo. Mas a dinâmica e a mobilidade na intermediária ofensiva dá sempre opção aos companheiros.
Nos 3 a 1 sobre o América no Mineirão, em vários momentos caiu pela direita, permitindo que o ponteiro Savarino atacasse por dentro. Ideia que pode dar certo também com Hulk, canhoto como Nacho e que corta para dentro e finaliza. O camisa 26 chama atenção pela capacidade de gerar jogo na criação e aparecer na área para finalizar. E ainda entrega eficiência na bola parada. Um gol de falta, outro completando contragolpe de cinema.
Sem contar a mentalidade vencedora de quem era destaque no River Plate de Marcelo Gallardo, melhor time sul-americano dos últimos seis anos. Não ganhou sempre, mas competiu em alto nível. Seja vencendo uma final de Libertadores contra o Boca Juniors no Santiago Bernabéu ou, mesmo eliminado, ter força mental para encurralar no Allianz Parque o Palmeiras, depois de levar 3 a 0 em Avellaneda.
Fica alguma dúvida em relação à força física, se será capaz de resistir em temporada pesada como pilar da equipe. Caberá a Cuca e comissão saber a hora de dosar as energias do jogador diferente e desequilibrante que tanto fez falta ao time de Jorge Sampaoli na temporada passada.
Nacho tem tudo para justificar o investimento de US$ 6 milhões mudando o status, ou subindo o patamar, do Atlético no cenário nacional e continental. Talento, experiência e alma não vão faltar.
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