Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Cazares desmonta controle de jogo do River Plate. Fluminense merecia vencer
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Desde o primeiro minuto, o River Plate deixou claro no Maracanã que tentaria controlar o jogo pela posse de bola. Primeiro no 4-3-3 com Casco como meia pela esquerda, De La Cruz e Julián Álvarez alternando pelos lados e Borré na frente. Depois um losango no meio com De La Cruz na função de "enganche".
Mas após abrir o placar aos 12 minutos em pênalti bobo do goleiro Marcos Felipe sobre Borré, o time argentino cadenciou demais a partida e chegou quase sempre com poucos jogadores na zona de finalização. Normalmente só os três mais adiantados. Trabalhando a bola e aproveitando a baixa intensidade na pressão pós-perda do time brasileiro, muito pela presença dos veteranos Nenê e Fred mais adiantados no 4-2-3-1 armado por Roger Machado.
O resultado foram 45 minutos mornos, o River com 65% de posse e apenas três finalizações contra oito do Flu. Uma no alvo para cada lado. Na melhor oportunidade, Egídio ganhou a marcação e rolou, mas Nenê chutou por cima. O grande articulador tricolor só apareceu nessa conclusão e nas bolas paradas.
Roger esperou 12 minutos da segunda etapa para trocar. Gabriel Teixeira entrou na vaga de Kayky, bem controlado por Angileri como um lateral-zagueiro, mais preso na marcação. Mas a troca que mudou o jogo foi na criação: Nenê por Cazares.
Quando o River tentou adiantar a marcação para afastar o oponente da própria área, proporcionou um contragolpe de três contra dois. Luiz Henrique, que jogou bem dando sequência aos ataques, atraiu um marcador e deixou Paulo Díaz contra Cazares e Fred. Passe do equatoriano, gol do artilheiro veterano, que quando tem tempo e espaço para concluir costuma ser letal.
Faltou pouco para a virada. Marcelo Gallardo soltou a equipe ao trocar Palavecino, Casco e Álvarez por Simón, Girotti e Beltrán, voltando ao 4-3-3. Mas seguiu sem intensidade e facilitando as rápidas transições ofensivas do time da casa. Lucca, que entrou na vaga de Luiz Henrique, perdeu chance em lance polêmico - pênalti marcável para este que escreve. Passe de Cazares, que ainda fez Armani trabalhar com bela defesa. O meia deitou e rolou nas costas de Enzo Pérez, o "regista" do River que não é tão forte sem bola.
O Flu terminou com 33% de posse, mas 14 finalizações, cinco no alvo. A estreia, depois de oito anos, pode ser considerada boa. Mostrou que será competitivo na disputa do Grupo D. Provavelmente pela segunda vaga com Junior Barranquilla e Independiente Santa Fé. Mas considerando que o River só costuma acelerar o ritmo no mata-mata, sonhar com a liderança não é nenhum absurdo.
No Maracanã jogou para vencer. E merecia os três pontos. Com elenco reforçado e mais homogêneo, Roger Machado pode fazer o Fluminense render mais. Se Cazares focar no futebol e se cuidar minimamente, o time ganha um meia capaz de desequilibrar jogos. Mesmo contra gigantes do continente.
(Estatísticas: SofaScore)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.