Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Fluminense surpreende em "turno" difícil na Libertadores
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Quando saiu o sorteio da fase de grupos da Libertadores, o Fluminense parecia encarar o desafio mais complicado. Não só pelo gigante River Plate, mas também por conta do equilíbrio de forças com os colombianos Junior Barranquilla e Independiente Santa Fé. Times com mais rodagem e melhores resultados internacionais recentes que o time carioca, que volta ao principal torneio continental depois de oito anos. Em 2020 foi eliminado precocemente da Sul-Americana pelo Unión La Calera.
Contexto ainda mais complexo porque o "turno" do Grupo D previa estreia contra o River Plate em casa e jogos como visitante na Colômbia. Dependendo dos demais resultados, um mau início poderia terminar até em eliminação precoce, ou apenas a luta para seguir na Sul-Americana.
Mas o Fluminense surpreendeu como o melhor time em desempenho, que merecia até resultados mais expressivos. Dominou o River no Maracanã, venceu o Santa Fé por 2 a 1 com gols de Fred e empatou por 1 a 1 com o Junior, em Guayaquil, superando dificuldades de logística por conta dos protestos na Colômbia e um pênalti inexistente sobre Fuentes convertido por Borja, ex-Palmeiras, que abriu o placar.
O time de Roger Machado mostrou maturidade, inteligência, versatilidade e elenco homogêneo para impor dificuldades a todos os adversários. Com o garoto Kayky, 17 anos e já negociado com o Manchester City, contribuindo com velocidade e habilidade para gerar vantagem pelas pontas e até presença de área na bola parada para empatar o jogo em Guayaquil. Deve seguir dando retorno técnico até a viagem para se apresentar ao novo clube.
O novo treinador também encontrou em Cazares e Abel Hernández (ou Bobadilla) soluções para o grande dilema tricolor: como encaixar os veteranos, porém fundamentais, Fred e Nenê em uma proposta de jogo mais dinâmica e que exige momentos de pressão no campo de ataque? A resposta simples é usá-los até o limite e renovar o fôlego com os estrangeiros contratados. Fred foi decisivo contra o Santa Fé e Nenê acrescenta demais na articulação e nas bolas paradas.
É claro que o roteiro induziu o Flu a um estilo mais reativo do que Roger deseja, porém mais confortável e próximo do que fazia com Odair Hellmann e Marcão. A expulsão de Egídio empurrou o time para trás na Colômbia e fez o bom goleiro Marcos Felipe trabalhar mais que o esperado com grandes defesas no final. No Maracanã, a ideia do River de ficar com a bola fez a equipe jogar mais em transições e contra o Junior a posse foi de apenas 40%, apesar de finalizar mais: seis contra cinco.
Ainda assim, o início é promissor. De certa forma, a "pedreira" nas primeiras rodadas foi até interessante, porque o calendário tende a apertar bastante. No final de semana tem jogo decisivo pela semifinal do Carioca contra a Portuguesa. Tendência de time misto ou reserva, mas classificação mais que possível depois do empate por 1 a 1 na ida. Se passar, provavelmente a decisão será contra o Flamengo em dois jogos alternando com a reta final da fase de grupos da Libertadores.
Logo depois, início do Brasileiro e a terceira fase da Copa do Brasil, encarando o forte Red Bull Bragantino. A provável classificação para o mata-mata da principal competição sul-americana, dependendo do sorteio, pode colocar ainda mais obstáculos no caminho tricolor.
A resposta até aqui é positiva. Na volta à "elite" continental, o Fluminense demonstra capacidade de competir em alto nível, combinando juventude e experiência e dando respaldo ao início de trabalho de Roger Machado.
(Estatísticas: SofaScore)
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