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Só uma infelicidade no "mata" da Euro quebra o círculo virtuoso da Itália
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Roberto Mancini ignorou a possibilidade de perder a invencibilidade de 29 jogos e a liderança do Grupo A no confronto direto com País de Gales em Roma. Trocou oito peças. Só manteve Donnarumma, Bonucci e Jorginho.
Com classificação garantida e considerando o desgaste da dura Série A, a estratégia tinha lógica. E se mostrou ainda mais correta na verdade do campo.
Porque a Itália manteve os mecanismos de defesa e ataque. Controlando o jogo pela posse, com linhas adiantadas. Abrindo o campo com um ponta e um lateral: Chiesa à direita, com Rafael Toloi improvisado na lateral e mais preso, e Emerson Palmieri pela esquerda - Bernardeschi saía da ponta para dentro e buscava com Pessina os espaços entrelinhas, com Belotti na referência fazendo o pivô.
Circulando a bola no ritmo de Marco Verratti, titular voltando de lesão e que mostrou desenvoltura para ser uma ótima opção, caso Mancini decida manter Barella e Locatelli à frente de Jorginho no 4-3-3 da Azzurra.
O perde-pressiona eficiente empurrou Gales para trás, sem dar muitas chances para as rápidas transições pelos flancos com Gareth Bale e Daniel James. Restou se defender num 5-4-1, mesmo depois do gol de Matteo Pessina, completando cobrança de falta pela direita de Verratti. Ainda mais depois da expulsão de Ethan Ampadu.
A Itália criou para fazer mais que o 1 a 0, placar final que garantiu, no saldo, País de Gales na segunda colocação. Com 64% de posse, 92% de efetividade nos passes, finalizando 23 vezes e cedendo apenas três conclusões. Muito volume e consistência impressionante.
Um círculo virtuoso que só pode ser quebrado com uma tarde ou noite infeliz no "mata", em jogo eliminatório a partir de agora. Obviamente sem provocar nenhum tipo de ruptura, até porque ano que vem já tem Copa do Mundo. O trabalho de Mancini é excelente. O bom desempenho com apenas três titulares (ou quatro, se considerar Verratti) foi apenas mais uma prova.
(Estatísticas: UEFA)
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