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Espanha goleia e evolui, mas duelo com Croácia será duro
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O pênalti perdido por Álvaro Morata logo aos dez minutos de jogo em Sevilla parecia o início de mais um drama para a Espanha que, inclusive, poderia decretar uma trágica e vexatória eliminação ainda na fase de grupos da Euro.
Mas uma saída errada da defesa da Eslováquia, provocada também pela pressão espanhola, e uma trapalhada do goleiro Dúbravka, jogando para as próprias redes o rebote do chute de Sarabia no travessão, descomplicou o jogo. Tática e psicologicamente.
Porque deu confiança e obrigou a Eslováquia, jogando pelo empate para se garantir como um dos melhores terceiros, a sair um pouco mais e expor todas as suas fragilidades.
Mas a Espanha melhorou a execução da proposta de jogo, muito por conta da mudança das características dos atletas com as alterações de Luis Enrique.
Busquets voltou na vaga de Rodri e qualificou a saída da defesa e também a circulação da bola - foi o melhor em campo para a UEFA. Sarabia e Gerard Moreno alternaram pelos flancos, mas buscando os espaços por dentro entre defesa e meio do adversário, com Morata na referência. Azpilicueta foi mais regular pela direita nas ações de defesa e ataque. Koke e Pedri contribuiram na construção e Jordi Alba novamente foi boa opção abrindo o campo pela esquerda.
Mantendo o controle da bola - terminou com 62% de posse e 89% de efetividade nos passes. Mas com estilo mais vertical, preenchendo a área adversária e finalizando mais e com maior contundência e eficiência. Foram 17 conclusões, nove no alvo.
Ampliou no final do primeiro tempo com Laporte e fez a Eslováquia jogar a toalha com o terceiro gol, de Sarabia, completando assistência de Jordi Alba. A fluência e a segurança fizeram com que o ritmo não diminuísse com classificação garantida e as substituições. Seguiu atacando, acertando o perde-pressiona e marcou mais dois, com Ferrán Torres, que entrou na vaga de Morata, e o gol contra do volante Kucka.
5 a 0 é a maior goleada da história da Espanha no torneio. Para virar do avesso o clima de desconfiança com a renovação de Luis Henrique. A seleção dominante de 2008 e 2012 merece respeito sempre.
Mas não fugir da Croácia nas oitavas por um gol de Claesson nos acréscimos que garantiu a vitória por 3 a 2 da Suécia sobre a Polônia foi uma notícia não tão boa para a Espanha. Um empate dos suecos e Ucrânia ou República Tcheca entraria no caminho da "Roja". Seria uma missão menos complicada que a vice-campeã mundial de 2018, seleção experiente e talentosa de Modric e Perisic.
Um teste real e importante da evolução espanhola na Euro. Mas agora há mais motivos para acreditar.
(Estatísticas: UEFA)
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