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Inglaterra "copeira" contra a Alemanha é última grande surpresa das oitavas
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A tradicional postura blasé da Inglaterra em jogo grande foi desconstruída já na divulgação da escalação para as oitavas em Wembley contra a Alemanha.
Com Walker e Trippier para defender o lado direito contra Gosens, abrindo o campo de ataque alemão e entrando na área para finalizar. Defendendo com atenção as transições rápidas de Havertz e Werner, dupla do Chelsea que faturou a Liga dos Campeões.
Acima de tudo, a intensidade para competir que faltou tantas vezes, especialmente diante do grande rival europeu. Vencido em 1966, mas depois impondo seguidas eliminações ao English Team, em Euro e Copa do Mundo. Mesmo em Wembley e no fim do ciclo de Joachim Low, a Alemanha parecia favorita.
Mas o primeiro tempo equilibrado, já com a melhor oportunidade de Harry Kane, virou do avesso com o gol de Sterling, o terceiro dele na Euro. Jogada iniciada e finalizada pelo atacante do Manchester City, muito criticado por deficiências na finalização. Novamente fazendo a diferença.
Também falhando, porém Muller perdeu chance inacreditável diante de Pickford. O atacante veterano, de volta à seleção alemã, contribuiu pouco na frente. A rigor, o melhor momento foi mesmo quando Gosens teve liberdade total contra Portugal. Mesmo com Goretzka melhorando a produção do meio-campo com volume e força física, na vaga de Gundogan.
Bom duelo com Phillips entre as intermediárias. Mas quando Grealish entrou na vaga de Saka e Sterling inverteu e foi jogar à direita tudo fluiu melhor. Foi de Grealish, em jogada com Shaw, a assistência para Kane, enfim, ir às redes no torneio continental e definir a classificação inglesa.
A Alemanha terminou com 53% de posse, 86% a 84% na efetividade nos passes e nove finalizações contra cinco, mas apenas duas no alvo. Quatro dos ingleses na direção da meta de Neuer. 2 a 0. Eficiência para ser decisivo.
Depois de sete jogos sem vencer a grande algoz em Wembley, vingando também o pènalti perdido por Southgate em 1996. A Inglaterra "copeira", com sangue nos olhos em jogo eliminatório é a última grande surpresa das oitavas.
(Estatísticas: UEFA)
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