Topo

André Rocha

ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Fluminense não merecia derrota e está vivo. Jogo reativo será arma na volta

Fluminense recebe o Barcelona de Guayaquil pela Libertadores - EFE/Sergio Moraes POOL
Fluminense recebe o Barcelona de Guayaquil pela Libertadores Imagem: EFE/Sergio Moraes POOL

Colunista do UOL Esporte

13/08/2021 00h05

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

O Fluminense fez um primeiro tempo seguro no Maracanã. Organizado em um 4-2-3-1, com Cazares na vaga de Nenê e atacando com calma, vigiando bem Damián Díaz, o grande articulador do Barcelona de Guayaquil, e sem correr riscos de sofrer o temido "gol qualificado".

O efeito colateral era um jogo mais lento e previsível. Gabriel Teixeira era o grande escape, circulando no ataque e buscando as infiltrações em diagonal. Acabou premiado com o gol que abriu o placar, em falha grotesca do goleiro Burrai na saída da meta. A única finalização no alvo em 45 minutos. Das cinco do Flu contra apenas uma do time equatoriano.

A equipe de Roger Machado seguiu controlando na volta do intervalo, mas as substituições foram desestruturando os times. E quando Damián Diaz saiu da marcação e deu sequência a uma rápida transição ofensiva, o cruzamento pela esquerda encontrou Adonis Preciado, que ganhou na altura e no físico de Martinelli e cabeceou não tão forte, mas Marcos Felipe aceitou.

A expulsão do meia Emmanuel Martínez empurrou o Fluminense para o ataque, mas de forma desordenada. Com André como único volante e Nenê, Lucca, Kayky e a dupla de centroavantes Abel Hernández e Fred. Pagou no pênalti questionável de Nino sobre Garcés que Cortez converteu.

A virada fora de casa como visitante era espetacular para o Barcelona. Fabián Bustos decidiu colocar mais um defensor para se proteger contra o jogo aéreo com dois adversários fixos na área. Tirou Cortez, que havia substituído Damián Diaz, e colocou Quiñonez. Chamou o Flu de vez para o próprio campo e foi punido pelo pênalti de Castillo sobre Abel. Fred bateu e chegou ao sexto gol nesta edição da Libertadores.

Foram 14 finalizações tricolores, mas apenas duas no alvo. Nas redes. O 2 a 2, obviamente, não pode ser considerado um bom resultado. Mas a reação no final alimenta esperanças. A derrota seria um castigo duro demais.

O problema é que o Barcelona venceu todas em casa. Incluindo os campeões Boca Juniors, Santos e Vélez Sarsfield. Mas o Flu foi sólido até aqui também como visitante: três vitórias, incluindo os 3 a 1 sobre o River Plate, e o empate por 1 a 1 com o Junior Barranquilla.

O jogo reativo será uma arma poderosa na volta, mesmo com o Barcelona podendo empatar até em 1 a 1 - difícil imaginar o time equatoriano fechado em casa. Retornando ao 4-1-4-1, recuando linhas e apostando em rápidas transições ofensivas. Com concentração absoluta para voltar a uma semifinal depois de 13 anos. Quem sabe no maior Fla-Flu de todos os tempos? Apesar de tudo, o tricolor está bem vivo.

(Estatísticas: SofaScore)