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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Rocha: Corinthians pensa no curto prazo, mas faz time forte em torno de Jô

Jô tenta jogada do Corinthians durante partida contra o Grêmio pelo Brasileirão - Pedro H. Tesch/AGIF
Jô tenta jogada do Corinthians durante partida contra o Grêmio pelo Brasileirão Imagem: Pedro H. Tesch/AGIF

Colunista do UOL Esporte

29/08/2021 07h59

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O Corinthians não jogou bem em Porto Alegre e nem precisou para vencer um Grêmio juntando os cacos, depois da tragédia na Copa do Brasil.

Luan nunca rendeu jogando pelo lado e, no momento atual, seria improvável uma redenção aberto pela esquerda na linha de quatro à frente de Gabriel dentro do 4-1-4-1 de Sylvinho.

Jô marcou o gol da vitória, na única finalização no alvo, de seis no total. Apesar dos 55% de posse, faltou efetividade. Inclusive de Renato Augusto, que, livre, concluiu no travessão depois de receber do centroavante.

A equipe paulista só tem o Brasileiro em vista até o fim da temporada. Foi ao mercado e contratou Giuliano e Renato Augusto, dois jogadores acima dos 30 anos. Para se juntar a Cássio, Fágner, Gil, Fabio Santos e Jô, a base experiente que deveria se cercar de atletas mais jovens para equilibrar o time no vigor físico.

Tenta agora com Roger Guedes, que tem 24 e deve ser o atacante da aceleração, provavelmente pela esquerda. Porque o lado direito está reservado para Willian, que deve rescindir com o Arsenal e voltar às origens. Com 33 anos, é mais um que aumenta a média de idade da equipe.

Um luxo que o Corinthians poderia abrir mão, mesmo entendendo a questão "sentimental" que envolve alguém criado no clube. Não deve voltar com salário baixo e aí extrapola um pouco o correto raciocínio de fortalecer o elenco para passar longe do risco de rebaixamento e ver as receitas de TV desabarem.

Mas não cabe passar o tempo todo só mencionando as dívidas e virar as costas para o campo. A margem de evolução é grande e G-6 já é a realidade, com potencial para buscar a quarta vaga direta na fase de grupos da Libertadores, só atrás do trio de favoritos. Isso se for necessário, já que a tendência é Flamengo e Atlético-MG, especialmente, abrirem ainda mais vagas caso conquistem Libertadores e/ou Copa do Brasil.

A dúvida que fica é como um time tão envelhecido vai dar conta da temporada 2022. O elenco, apesar do ótimo João Víctor na zaga e Gustavo Mosquito na ponta, não oferece jovens com nível técnico próximo aos titulares e isso deve ser um problema. Inclusive criando a necessidade de novamente ir ao mercado, o que seria uma irresponsabilidade.

Por ora, fica a expectativa de ver o time completo e que deve ser forte com o novo quarteto de meias em torno de Jô. Uma grande atração para o segundo turno do Brasileiro.

(Estatísticas: SofaScore)