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Rocha: Corinthians vence dérbi no talento que faltava
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É preciso relativizar o nível de concentração do Palmeiras, com a cabeça na decisão da vaga para a final da Libertadores contra o Galo em Belo Horizonte. Na prática, dividir atenções é mais impactante que a opção por escalar um time misto.
Para o Corinthians, sim, era decisão no Brasileiro. Uma espécie de "batismo de fogo" para os contratados recentemente. Peças que mudam o patamar da equipe comandada por Sylvinho.
Ainda necessitando de ajustes e entrosamento, contra um elenco formado, com Abel Ferreira perto de completar um ano de trabalho e ainda a cultura de vitória de títulos recentes, as individualidades teriam que fazer diferença.
No 4-1-4-1, Willian atuou pela esquerda e deu trabalho a Gabriel Menino e Luan. No lado oposto, o jovem Gabriel Pereira acelerava e conduzia com o pé esquerdo. Giuliano e Renato Augusto articulavam por dentro ou se juntavam aos pontas e aos laterais Fagner e Fabio Santos, buscando triangulações pelos flancos. Cantillo liderava a saída de bola com bons passes.
A criação funcionava na tentativa e erro. Na boa combinação entre Renato Augusto e Giuliano, a bela assistência deste para Roger Guedes abrir o placar. Em rápido contragolpe, Willian demorou um segundo e acionou Guedes impedido. A possibilidade de abrir 2 a 0 virou frustração com o empate palmeirense, na falha de Fabio Santos e a liberdade total de Gabriel Menino. Chute desviado em Roger Guedes antes de entrar.
Segundo tempo com Abel Ferreira recorrendo ao elenco e, consequentemente, o time crescendo. Principalmente com Zé Rafael na vaga de Patrick de Paula e Gabriel Verón no lugar de Wesley. Na etapa final, Palmeiras finalizou dez vezes, teve mais posse (51%) e chances para virar, especialmente na cabeçada na trave de Verón.
Sylvinho tentou acelerar o ataque pela direita com Gustavo Mosquito e ganhar uma referência na área com Jô. Mas foi Roger Guedes, deslocado para o lado esquerdo, quem decidiu com um golaço. Se coletivamente há muito a evoluir, agora o time é capaz de se impor em jogo grande com o talento que faltava.
Não justifica loucuras orçamentárias, mas faz subir as aspirações. Em contraste com o rival, que joga a vida na terça e, em caso de eliminação, terá muito a responder no Brasileiro, já com débito considerável de pontos em relação ao líder Atlético Mineiro.
Com a provável volta do público aos estádios, o Corinthians também deve trazer a torcida junto em Itaquera. Os 2 a 1 no dérbi renovam de vez as esperanças de um futuro mais condizente com a grandeza do clube.
(Estatísticas: SofaScore)
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