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Rocha: A matemática da agonia no Grêmio e o "inferno astral" de Rafinha
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A vitória por 3 a 1 do América sobre o Grêmio no Independência teve grande atuação de Ademir, com bela assistência para Felipe Azevedo e pênalti sofrido e convertido. O camisa dez será belo reforço para o já fortíssimo elenco do Atlético Mineiro na próxima temporada.
Mais um jogador que decide e afunda o Grêmio, que não tem um protagonista para assumir a bronca no momento em que o rebaixamento se aproxima. Não pode ser Ferreira, que marcou belo gol e tenta resolver na individualidade. Mas ainda faltam cancha e currículo para uma missão que fica menos possível a cada rodada.
Vagner Mancini foi derrotado pelo time que abandonou e afunda junto com a equipe. O treinador não consegue encontrar soluções para buscar uma reação improvável. São sete jogos, 21 pontos em disputa. Para tirar sete pontos do Bahia, hoje o 16º colocado. Na frieza dos números é perfeitamente viável, porém a matemática gremista é de agonia.
São inacreditáveis 18 derrotas em 31 partidas. Saldo negativo de 14 gols e 31% de aproveitamento, conquistando menos de um terço dos pontos. Como inverter isso para mais de 70%? O Fluminense de 2009 é a exceção, não a regra.
É possível reclamar da arbitragem de Flávio Rodrigues de Souza, especialmente no pênalti não marcado sobre Elias. Também lamentar que novamente o domínio, refletido nos números de 59% de posse e 24 finalizações, sete no alvo, não se converteu em três pontos conquistados. Mas a incompetência em campo é a grande marca desse Grêmio com elenco qualificado, ao menos no papel, e gestão estruturada.
Pior para Rafinha. O lateral veterano não voltou para o Flamengo, em negociação com várias versões e sem final feliz. Fechou com o Grêmio a pedido de Renato Gaúcho, que saiu e está no Flamengo. Rafinha ficou e hoje é reserva do jovem Vanderson. Poderia estar na final da Libertadores e no G-4 do Brasileiro, mas vive "inferno astral" inimaginável em Porto Alegre.
Restam a luta e a fé. Mas o "Imortal" poucas vezes pareceu tão frágil e sem rumo. A um passo do precipício.
(Estatísticas: SofaScore)
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