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Rocha: Grêmio joga o que sabe tarde demais. Renato Augusto puniu
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O maior mérito do Grêmio na maior parte da partida na Neo Química Arena foi não permitir que o Corinthians se sentisse confortável para construir volume de jogo e trazer junto os mais de 40 mil torcedores que vêm ajudando a equipe de Sylvinho a se aproximar da fase de grupos da próxima edição da Libertadores.
O time de Vagner Mancini incomodava o oponente ao pressionar o homem com a bola e cortar linhas de passe. Bola roubada, saída rápida pelos flancos com Jhonata Robert e Ferreira, ou o passe longo para Diego Souza fazer o pivô esperando Campaz e os meio-campistas se aproximarem.
O Corinthians tinha ampla superioridade na posse, sempre acima dos 60%, mas quase sempre circulando entre os zagueiros, sem progressão. Só ganhava alguma fluência quando Giuliano, Renato Augusto e Willian se aproximavam.
Roger Guedes estava preso à esquerda, já que Fabio Santos descia pouco. Du Queiroz, improvisado novamente na lateral, mais uma vez não compensou a ausência de Fagner. E Xavier, reposição de Cantillo e Gabriel como volante no 4-1-4-1, não contribuía com bons passes e sobrecarregava os meias. Jô ficava encaixotado entre Geromel e Kannemann.
Primeiro tempo de oito finalizações gremistas contra apenas duas. Três a zero no alvo, a mais bem-sucedida de Diego Souza. Gol típico de centroavante, dominando no peito e completando assistência de Ferreira. Com apenas 30% de posse, o domínio gremista na disputa era completo.
Mas seria difícil manter a intensidade e a concentração por 90 minutos. Segundo tempo de substituições, recuo estratégico do Grêmio, fechando a entrada da área e esperando a hora de acelerar. Com Borja mais rápido e fresco que Diego Souza, porém errando muito tecnicamente. O time gaúcho só finalizou quatro vezes, nenhuma na direção da meta de Cássio.
O time da casa foi avançando, Sylvinho promoveu substituições que aumentaram o poderia ofensivo, porém sem perder a organização. Com Gabriel Pereira e depois Gustavo Mosquito pela direita, Willian inverteu o lado, jogando bem aberto. Cansou Rafinha, que deu lugar a Vanderson, e passou a atrair pelo menos dois marcadores.
Aí entrou a inteligência acima da média no futebol jogado no Brasil: Renato Augusto declarou na entrevista pós-jogo que percebeu os espaços da meia esquerda para dentro. Por ali recebeu na entrada da área, limpou e acertou uma finalização típica do camisa oito. No ângulo de Gabriel Chapecó.
Empate que praticamente condena o Grêmio. Talvez o rebaixamento seja confirmado amanhã, ao final da rodada. A reação jogando o que sabe veio tarde demais. Foi mais time em Itaquera, mas Renato Augusto puniu, para alegria da Fiel, que se sentiu vingada por 2007. Não dá para dizer que é injusto.
(Estatísticas: SofaScore)
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