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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Rocha: Galo confirma o bi. Os outros que se cuidem, dentro e fora de campo

Vargas, Arana e Keno comemoram gol do Atlético-MG contra o Athletico-PR, pelo segundo jogo da final da Copa do Brasil - Robson Mafra/AGIF
Vargas, Arana e Keno comemoram gol do Atlético-MG contra o Athletico-PR, pelo segundo jogo da final da Copa do Brasil Imagem: Robson Mafra/AGIF

Colunista do UOL Esporte

15/12/2021 23h31

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A final da Copa do Brasil 2021 foi decidida no quarto gol do Atlético, de Vargas, no Mineirão. O jogo na Arena da Baixada foi um mero protocolo para o time de Cuca receber a taça.

Nem mesmo o gol anulado de Pedro Rocha, aos 19 minutos, seria capaz de construir a virada improvável. Mesmo com o apoio da torcida, que só passou do ponto ao atirar objetos no gramado, atos que podem gerar punição ao clube.

O Galo controlou o jogo, ganhando tempo a cada reposição e regulando a temperatura para não permitir o volume do Athletico, que desfez o sistema com três zagueiros e correu mais riscos. Ofensivamente perdeu muito com a troca de Antonio Oliveira por Alberto Valentim, deixando as tabelas envolventes pelos flancos e apelando insistentemente para cruzamentos. Só funciona nas rápidas transições ofensivas, com campo aberto para correr.

A equipe de Cuca tem muito mais recursos, mas também prefere o contragolpe. Um em cada tempo para resolver o jogo e fechar o confronto em implacáveis 6 a 1. Keno no primeiro tempo, fechando seis gols e seis assistências nas últimas duas partidas. Depois Hulk, para consolidar a posição de artilheiro do Brasil. Na Copa, oito bolas nas redes. A última em bela "cavada", já ensaiada no primeiro tempo. No final, o gol de Jaderson pela honra do time derrotado.

Não há o que discutir em 2021: o Atlético foi o melhor e mais eficiente time do país. Organizado e sólido em todos os setores. Forte também nos bastidores, que também é trabalho para vencer. Depois dos chutes de Rodrigo Caetano na sala do VAR relatados na súmula da arbitragem na vitória por 3 a 1 sobre o Santos no Mineirão em outubro, na dúvida as marcações dos árbitros quase sempre foram a favor do time mineiro.

Os mecenas são bem relacionados na CBF e também na política nacional. Gostemos ou não, isso sempre contou a favor no futebol brasileiro. E o Atlético protestou muitas vezes contra os algozes em derrotas do passado. Agora sente o gosto das vitórias e taças.

A concorrência que se cuide, dentro e fora de campo em 2022. O Galo foi atento a absolutamente todos os detalhes na maior temporada da história do clube.