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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Rocha: Uma estreia perfeita para o contexto do Palmeiras

Zé Rafael comemora gol marcado pelo Palmeiras contra o Novorizontino - Thiago Calil/AGIF
Zé Rafael comemora gol marcado pelo Palmeiras contra o Novorizontino Imagem: Thiago Calil/AGIF

Colunista do UOL Esporte

23/01/2022 18h14

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Estreia antecipada na temporada, pela necessidade de disputar o Mundial de Clubes em fevereiro. Forte calor em Novo Horizonte, que pode complicar ainda mais a condição de um time voltando de férias e com a pré-temporada sempre insuficiente no Brasil.

Havia muitas "cascas de banana" para a primeira partida do Palmeiras em 2022. Mas, mesmo em cenário desfavorável, o time de Abel Ferreira mostrou a sua característica mais marcante, fundamental na campanha do bi da Libertadores: a capacidade de competir em qualquer ocasião.

Inicialmente com cuidado, mantendo o 3-4-2-1 que surpreendeu o Flamengo na final sul-americana em Montevideu. Com Piquerez formando um trio atrás com Gustavo Gómez e Luan e Gustavo Scarpa preenchendo a segunda linha pela esquerda. Liberdade para Dudu e Raphael Veiga por trás de Rony, mantido como a referência móvel, na ausência de uma contratação de peso para comandar o ataque.

Circulação lenta da bola, controlando uma posse mais defensiva. Tocando e esperando a brecha para acelerar. Mas foi às redes quando ocupou o ataque com mais jogadores, Rony fez a parede como um típico pivô e Zé Rafael, aparecendo mais à frente que Danilo, acertou belo chute de pé esquerdo. Abrindo o placar no final do primeiro tempo.

Placar condizente com a superioridade refletida nos 65% de posse, 83% de efetividade nos passes e sete finalizações, três no alvo. E perfeito para voltar do intervalo mais tranquilo e ampliar antes do primeiro minuto. De novo tocando com calma de trás, até o passe longo desviado por Veiga que chegou a Dudu, mais aberto pela direita. Corte para dentro e bela finalização.

2 a 0 para reorganizar a equipe em um 4-2-3-1, abrindo Piquerez e adiantando Scarpa como meia no mesmo corredor. Seguiu controlando, contendo os ataques pouco contundentes do Novorizontino, que finalizou apenas uma vez na direção da meta de Weverton. Manteve a média de posse - terminou com 64% - e finalizou mais sete vezes, duas no alvo.

Deu tempo de estrear oficialmente e dar minutos a Murillo, Atuesta e Rafael Navarro. Também usar Gabriel Verón e Wesley, jovens com rodagem e participações importantes em conquistas recentes. Sem brilho, mas mantendo o nível de desempenho para administrar a vantagem.

Uma estreia perfeita para o contexto palmeirense: vitória para dar confiança já pensando no Mundial, sem fazer muita força para não exigir tanto fisicamente e correr risco de lesões precoces. Mantendo a proposta de jogo e afirmando convicções da temporada passada. Ainda começando a usar as novas peças à disposição de Abel.

Tudo certo no primeiro ato.

(Estatísticas: SofaScore)