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Rocha: Arbitragem bizarra atrapalha observações de Tite
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Com a seleção brasileira já classificada para a Copa do Mundo no Catar, as partidas pelas eliminatórias só têm utilidade para as observações de Tite, já vislumbrando a disputa em novembro.
Se houve uma partida em que absolutamente nada pôde ser aproveitado como análise foi esse empate por 1 a 1 contra o Equador em Quito.
Primeiro pela expulsão forçada de Emerson Royal aos 19 minutos. Claramente para compensar a punição com cartão vermelho para o goleiro Domínguez, cinco minutos ante, na primeira decisão do árbitro colombiano Wilmar Roldán com interferência do VAR.
O fato é que o lateral, que não fez falta para levar o segundo amarelo, não ganhou minutos com a camisa verde e amarela, nem pôde ser avaliado por Tite em um jogo mais complicado. Entrou Daniel Alves, que também foi irregular, mas ajudou com experiência para esfriar a pressão adversária.
Para reorganizar a equipe no 4-4-1, Philippe Coutinho foi o sacrificado na substituição. Meia no 4-2-3-1 que participou com cruzamento pela esquerda no gol de Casemiro que abriu o placar, foi outro sem tempo para mostrar que está em outro nível depois da volta à Premier League pelo Aston Villa.
Com isso, Raphinha e Vinicius Júnior precisaram recuar muito pelos lados e Matheus Cunha ficou isolado na frente, só aparecendo de fato na falta sofrida que rendeu a expulsão do goleiro equatoriano. E aí toda observação ficou comprometida.
No mais, um jogo tenso, com Roldán tentando controlar através de faltas desnecessárias, mas sem a mínima moral diante dos atletas. Especialmente pelas decisões equivocadas que foram corrigidas pelo VAR, quase como uma espécie de "babá". Além da expulsão de Domínguez, voltou um pênalti de Raphinha sobre Estupiñán e duas expulsões, a última com outra penalidade máxima revertida, de Alisson.
Se houve um mérito em Roldán foi a humildade em aceitar as correções do vídeo. O ambiente no campo da seleção que não era beneficiada pelas reversões era propício para uma teimosia orgulhosa e ele sempre cedeu. Mas não tira o peso de tantos erros de um árbitro FIFA. Uma das piores e a mais grotesca que este que escreve viu em quase quatro décadas acompanhando futebol com um entendimento mínimo.
Ao menos os gols foram inquestionáveis, incluindo a bela cabeçada de Félix Torres que venceu Alisson. Aproveitando, enfim, uma das muitas falhas defensivas brasileiras, mas que também precisam ser relativizadas pela altitude e por todo o cenário complexo.
Ainda assim, o Brasil de Tite não perdeu nas Eliminatórias. Agora são 31 partidas de invencibilidade. Mais uma razão para ansiar por amistosos contra fortes seleções europeias. Fora a Argentina, as eliminatórias não têm sido um parâmetro minimamente seguro para avaliar o real potencial da equipe de Tite.
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