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Rocha: Certa ou errada, demissão de Sylvinho reflete covardia dos cartolas
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Três partidas do Corinthians na temporada. Apenas três. Um clássico, contra o Santos. Derrota de virada em casa, com elenco bem superior. Sim, traumático e mais uma prova concreta de que havia algo muito errado.
Então por que não dispensaram Sylvinho no final de 2021? Avaliação natural do trabalho e busca de outro profissional. Coisa mais corriqueira em qualquer ofício.
O problema é que dirigente de futebol no Brasil, em geral, é covarde. Mais que incompetente, covarde. A direção corintiana não tinha convicção sobre o trabalho de Sylvinho, nitidamente. Manteve porque, com as contratações, pulou da segunda página da tabela do Brasileiro para uma vaga direta na fase de grupos da Libertadores.
A inexperiência do treinador era a mesma, as declarações infelizes em coletivas também estavam lá. A insistência no 4-1-4-1 era outro motivo de protestos dos torcedores nas redes sociais. Esperavam uma transformação depois do réveillon?
Ou imaginavam que um Paulinho, ou um Cavani, transformaria o time apesar dos erros do comandante? E se a direção ainda tenta contratar o tal camisa nove, por que não esperar a chegada e o encaixe na equipe para avaliar?
Porque dirigente é covarde. Quando a pressão aumenta ele vai atrás de um escudo para si próprio e não respaldar quem ficou exposto e comprar a briga.
O Corinthians pode acertar na mosca com o novo técnico e fazer até uma temporada histórica. Mas o planejamento desde dezembro e parte importante da pré-temporada foram desperdiçados com um treinador dispensado na primeira derrota, literalmente. Era necessário?
Certa ou errada, a demissão de Sylvinho reflete o "raciocínio" básico de cartolas no Brasil. É assim há décadas e vai demorar a mudar.
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