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Rocha: Al Ahly cria o pior cenário para o Palmeiras de Abel no Mundial
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Um time forte em seu país e continente, com o ótimo treinador Pitso Mosimane, no clube desde 2020. Enorme cultura de vitória na África.
O Al Ahly comprovou seu poder ao vencer o Monterrey nas quartas do Mundial de Clubes, mesmo com 11 desfalques - sete à serviço da seleção egípcia, três lesionados e um que testou positivo para Covid.
Fechado na maior parte do tempo em um 5-4-1, saindo rápido pelos lados com os alas Hany e Maaloul, com a bola passando pelo meia Afsha e buscando Taher, a referência móvel na frente. Aproveitando os muitos espaços cedidos pelo oponente, entre os setores e pelos flancos.
Concentração defensiva absurda, liderada por Rami Rabia, que fica no centro do trio de defensores. Mesmo permitindo 20 finalizações da equipe mexicana, porém apenas duas no alvo. Meza, Funes Mori, Pizarro, González, depois Campbell. Todos mapeados e bloqueados, apesar dos 64% de posse do campeão da CONCACAF.
O gol da incrível e histórica vitória do Al Ahly saiu em uma rápida transição ofensiva de um ala para o outro: passe de Maaloul, gol de Mohamed Hany. A mais bem-sucedida das nove finalizações, quatro na direção da meta adversária. Eficiência premiada com um feito impressionante.
Mosimane em nenhum momento reclamou dos muitos desfalques, mesmo com o clube levando muito a sério o torneio da FIFA. Agora provavelmente terá o retorno de cinco titulares, já que o Egito decide amanhã a Copa Africana com Senegal.
O Al Ahly já seria um problema para o Palmeiras pela vitória nos pênaltis na decisão do terceiro lugar da edição passada. Adicione aí o forte sistema defensivo e por entrar mais relaxado, passando pela estreia e disputando a semifinal como "zebra" absoluta.
Mas ainda criará outro desconforto para Abel Ferreira: quais serão os 11 escalados? O treinador português costuma se debruçar sobre os adversários e costuma sobressair quando o outro lado não provoca surpresas. Agora irá para a semifinal quase em um voo cego, pela total indefinição no oponente.
A solução pode ser a mobilização com a ideia de "revanche" e tentar montar uma jogada para abrir o placar no início, como fez contra o Flamengo em Montevidéu. Mas, ao contrário do time então comandado por Renato Gaúcho, o Al Ahly não tem um "ponto cego" defensivo. Difícil furar, ainda mais para quem prefere jogar sem posse e sofre quando se instala no campo rival.
O Palmeiras é o favorito natural, como bicampeão sul-americano. Mas o time egípcio criou o pior cenário para Abel Ferreira. Será duro o jogo da terça-feira.
(Estatisticas: SofaScore)
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