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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Rocha: Fora da escola Mano/Tite, Corinthians se perde na busca de treinador

Mano Menezes junto ao banco do Corinthians em partida com a Chapecoense, na Arena Corinthians - Alexandre Schneider/Getty Images
Mano Menezes junto ao banco do Corinthians em partida com a Chapecoense, na Arena Corinthians Imagem: Alexandre Schneider/Getty Images

Colunista do UOL Esporte

08/02/2022 08h50

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Desde que Mano Menezes assumiu o comando técnico em 2008 para treinar o time na Série B e foi sucedido por Tite em 2010, que levou o clube às maiores conquistas da sua história, o Corinthians vem contratando treinadores com perfis semelhantes, ou "súditos" mesmo das duas grandes referências deste século.

Houve apenas uma tentativa real de mudança de rota nesse caminho: Tiago Nunes em 2020, depois do fracasso de Fabio Carille, auxiliar de Mano e Tite, no ano anterior e o ocaso de Mano Menezes no Cruzeiro. Ainda assim dentro de uma escola gaúcha de futebol, porém com proposta mais ofensiva. Não deu certo, veio a aposta de encontrar um novo Carille em Dyego Coelho e Vagner Mancini chegou para apagar incêndio, com time correndo risco de ser rebaixado.

Sylvinho foi uma última tentativa de resgatar as ideias de Tite, já que o jovem treinador foi auxiliar do hoje técnico da seleção brasileira. Agora o clube parece perdido.

A busca por treinador estrangeiro (português) é nitidamente sem convicção, apenas para seguir a tendência do trio poderoso Palmeiras-Atlético-Flamengo. Seria mais uma fuga do orçamento mais cuidadoso de um clube endividado, já que o cálculo dos salários da comissão técnica será em euros.

Para este colunista, parece claro que se não fossem as divergências políticas com a gestão atual, Mano Menezes já estaria trabalhando no CT Joaquim Grava. Era a solução mais simples.

Talvez o melhor a fazer, nesta linha, seja fechar contrato de apenas um ano com treinador brasileiro e, para 2023, tentar o regresso de Tite, que em dezembro deve fechar seu ciclo na CBF. Um "sebastianismo" típico do nosso futebol, a volta a um passado glorioso. É o que resta ao Corinthians sem ideias.