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Rocha: Luís Castro não é "nomão", mas pode ser um achado no Corinthians
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O negócio não está fechado, ainda há uma multa de cerca de sete milhões de reais para negociar com o Al-Duhail e a concorrência, agora mais distante, do Botafogo. Mas o português Luís Castro está bem perto de ser o novo treinador do Corinthians.
Aos 60 anos e sem um currículo robusto de títulos, não é um profissional consagrado e indiscutível. O gigante brasileiro, time com a segunda maior torcida do país, será a grande oportunidade da carreira. Mesmo com as dívidas e sem projeto de médio/longo prazo do clube.
Chegará com a missão de administrar um vestiário com ídolos veteranos, mas também mesclar com os jovens vindos da base. Afinal, coordenou as divisões inferiores do Porto por quase uma década. O Corinthians parece ter o Flamengo como exemplo: revela, tem um breve ganho técnico e vende para equilibrar o orçamento e contratar jogadores mais rodados, habituados à pressão nos grandes clubes.
Castro trabalhou no Shakhtar Donetsk, conhece o perfil médio do jogador brasileiro. Sabe e prefere manejar com paciência a posse de bola, mas no time ucraniano adaptou-se rapidamente à velocidade de Taison nas transições ofensivas. Foi campeão nacional e chegou à semifinal da Liga Europa na temporada 2019/20. Ainda venceu duas vezes o Real Madrid na fase de grupos da Liga dos Campeões no ano seguinte: 2 a 0 na Ucrânia e 3 a 2 em Madri.
Estudioso, sereno e agregador, com boas relações interpessoais. Como todo treinador português, valoriza muito o que é realizado nos treinamentos e certamente vai reclamar do nosso calendário insano. Mas trabalhará para se adaptar e extrair o melhor do elenco corintiano. Tem princípios claros, porém sabe ser flexível.
Luís Castro não é o "nomão" que a diretoria anunciou como meta no início da busca. E o Corinthians fez bem ao não ir atrás de Mano Menezes, Felipão, Vanderlei Luxemburgo ou Renato Gaúcho. O que se espera é que a busca por um treinador português não tenha sido motivada apenas por "modinha" e haja um mínimo de convicção como base.
Porque o nome não tão consagrado pode virar um achado no mercado. Como Abel Ferreira no rival Palmeiras. É o que o Corinthians precisa, ao menos dentro do campo, para se enfiar de vez no grupo dominante do futebol brasileiro, resgatando o protagonismo de 2011 a 2017. Quem sabe?
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