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São Paulo se impõe no Majestoso, com mais saúde e tempo de trabalho
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O "Majestoso" da semifinal do Paulista já seria difícil para o Corinthians, pela disputa no Morumbi e, principalmente, por conta dos dois dias a menos de descanso e preparação para quem atuou na quinta. Ainda com o desgaste emocional da disputa de pênaltis com o Guarani.
O São Paulo complicou ainda mais a missão colocando saúde e intensidade para competir o tempo todo. Bem estruturado no 4-4-2, forte pela esquerda com Welington e Alisson, mais os deslocamentos de Eder. Pablo Maia forte na proteção da defesa e Rodrigo Nestor se juntando ao quarteto ofensivo.
A lesão de Fagner no começo do jogo comprometeu o lado direito da equipe de Vitor Pereira, que colocou Robson Bambu, deslocando João Victor para a lateral. Trazendo Willian para o lado direito, abrindo Roger Guedes pela esquerda, deslocando Giuliano para o meio com Paulinho e Renato Augusto novamente improvisado como "falso nove", assim como nos tempos de Sylvinho no comando técnico.
Durou pouco, com Giuliano voltando ao lado direito, Willian abrindo à esquerda e Renato Augusto recuando para articular. Mas nada resolvia o problema corintiano de baixa intensidade. E o setor improvisado piorou de vez defensivamente. Com espaços de sobra, Welington abriu o placar com um chutaço no ângulo de Cássio.
Segundo tempo de mudanças no time visitante para recuperar saúde, com Gustavo Mosquito e Junior Moraes nas vagas de Willian e Paulinho, que sentiram demais fisicamente. Só que a inversão de Giuliano para o lado esquerdo deixou Piton sozinho para defender o setor. Em novo ataque bem engendrado, deslocamento de Calleri e passe para o gol de Alisson.
Ceni também reoxigenou seu time, não abriu mão de atacar e teve chances de ampliar. O Corinthians lutou com Adson como ala pela esquerda, na vaga de Piton, e Jô na referência, substituindo Giuliano e abrindo Guedes de vez à esquerda.
Ganhou uma sobrevida no final, com erro grosseiro de Jandrei no jogo com os pés, entregando para Jô diminuir para 2 a 1. Mas faltou perna para buscar o empate. Vitor Pereira também se ressente de mais tempo de trabalho, para ajustar um elenco desequilibrado, montado na base de oportunidades de mercado. Difícil vislumbrar uma temporada com bom desempenho e resultados viajando e jogando a cada três dias.
Terminou com mais posse (56%) e as mesmas sete finalizações do rival, também três no alvo. Mas em nenhum momento deu a impressão de que poderia superar as adversidades. Chegou ao limite e está mesmo atrás dos finalistas.
O São Paulo não é favorito na decisão, mas foi o time que mais dificultou a vida do Palmeiras nos clássicos. Vai defender o título estadual, com a juventude dos meninos de Cotia e o trabalho de Ceni que vai ganhando maturidade e confiança. Faz história vencendo um mata-mata do Corinthians depois de 22 anos e alimenta a esperança tricolor, não só no Paulista, mas também na temporada.
(Estatísticas: SofaScore)
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