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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Palmeiras não vai dar chance para o azar nas Copas, dane-se o Brasileiro!

Jogadores do Palmeiras comemoram gol de Raphael Veiga, na Libertadores - Staff Images / CONMEBOL
Jogadores do Palmeiras comemoram gol de Raphael Veiga, na Libertadores Imagem: Staff Images / CONMEBOL

Colunista do UOL Esporte

04/05/2022 07h01

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O Palmeiras mandou time completo para a altitude de 2,800 metros em Sucre e goleou o Independiente Petrolero por 5 a 0, com destaque para os três de Raphael Veiga, agora o artilheiro histórico do clube na Libertadores, com 14 gols.

Difícil entender a opção de Abel Ferreira, que tanto reclama do calendário brasileiro e do desgaste das viagens? Só para quem ainda não assimilou o modus operandi do treinador português.

A Libertadores é prioridade absoluta. Ponto. O discurso pode mudar aqui e ali, mas as ações mostram isso desde sempre. E não está errado, ainda mais quando se conquista um bicampeonato e agora há um grupo mais que tranquilo, quase embrulhado para presente, pavimentando o caminho do tri.

Era o último jogo como visitante. A chance derradeira de algo dar errado com time misto ou reserva, ainda mais na altitude. E o saldo de gols é fundamental na luta pela melhor campanha geral, contra Flamengo e River Plate que também ostentam 100% de aproveitamento.

Abel sabe que definir o mata-mata em casa é uma arma importantíssima e não dará a mínima chance de perdê-la. O Palmeiras fará 18 pontos e um saldo inalcançável para os concorrentes. Já está em 18!

Titulares neste meio de semana e, muito provavelmente, também no próximo. Sim, contra a Juazeirense pela terceira fase da Copa do Brasil. Não na Bahia, mas no Estádio do Café, em Londrina. Vitória na ida por 2 a 1 na Arena Barueri e favoritismo absoluto, certo?

Não para Abel, que carrega o trauma da eliminação precoce para o CRB, na mesma etapa no ano passado. Um vexame para o time que defendia o título e o treinador não quer correr o mínimo risco de uma nova mancha em sua trajetória vitoriosa.

Entre Petrolero e Juazeirense há o Fluminense, em casa, pelo Brasileiro. O time paulista é o 11º colocado, com cinco pontos. Um a mais que o adversário. Chance enorme de um mistão, que pode vencer o campeão carioca, agora comandado por Fernando Diniz.

Mas se deixar dois ou até três pontos pelo caminho no domingo, e daí? O Palmeiras de Abel prioriza as copas desde sempre. Venceu três das quatro que disputou. Por que mudaria justamente no ano em que o calendário ficou ainda mais apertado? Opção legítima e que a maior parte da torcida aprova.

Falta o Brasileiro no currículo do treinador já histórico no Alviverde, para comprovar sua competência na regularidade dos pontos corridos? Que se dane! Ou que fique para 2023. Ou só se tudo der errado no que realmente importa para Abel.

Simples assim. Ou só é complexo para quem não quer enxergar.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que foi publicado, Palmeiras x Juazeirense foi realizado na Arena Barueri, e não no Allianz Parque. O erro foi corrigido.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL