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Ainda é cedo, mas "vácuo" dos favoritos pode fazer Corinthians repetir 2017
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Vitor Pereira consolidou a primeira semana realmente positiva no Brasil com o empate sem gols fora de casa com o Deportivo Cali que manteve o time na liderança do Grupo E da Libertadores e as vitórias por 1 a 0 sobre Fortaleza e Bragantino, este que era o último invicto e foi derrotado em casa, que colocam o Corinthians na liderança do Brasileiro.
Jogos sem sofrer gols que contaram com intervenções importantes de Cássio, inclusive defendendo uma cobrança de pênalti em Cali. Não há exatamente uma solidez defensiva e o rodízio de jogadores ainda não é bem assimilado por parte da torcida e da imprensa mais ligada ao clube.
Mas o fato é que os resultados aparecem, depois do "terremoto" dos 3 a 0 para o Palmeiras em Barueri. Apesar da lesão gravíssima de Paulinho e de outros tantos problemas em um trabalho atropelado, que não teve pré-temporada e precisa se ajustar na sequência insana de jogos.
De quebra, o treinador português ainda recebeu um elogio do vaidoso Jorge Jesus na polêmica entrevista concedida a Renato Maurício Prado. As declarações do técnico veterano acerca do Flamengo foram lamentáveis, mas o reconhecimento da competência de Vitor Pereira é mais um indício de que o Corinthians foi certeiro na contratação.
12 pontos em cinco rodadas alçam o time ao topo da tabela em um momento que parecia ser propício para o campeão Atlético Mineiro disparar. Mas depois de um bom início, com vitórias sobre Internacional e Athletico, o Galo do "Turco" Mohamed perdeu pontos inesperados para Coritiba, Goiás e América.
O Palmeiras, que foi tão avassalador no dérbi, é outro a deixar pontos pelo caminho, contra Ceará, Goiás e agora Fluminense, no empate por 1 a 1 no Allianz Parque. Sem contar o empate no jogão contra o Flamengo, que patina ainda mais e está muito mais próximo da zona de rebaixamento que do G-4.
É óbvio que ainda é muito cedo e o Brasileiro só vai se definir quando as competições de mata-mata afunilarem. Mas imaginar possíveis cenários não é crime.
Não é absurdo imaginar, diante do calendário apertado, os então favoritos Atlético, Palmeiras e Flamengo priorizando Libertadores, cujo título parece um objetivo mais palpável para estes do que para o Corinthians, que ainda pode avançar de fase em segundo lugar e não parece sólido, nem com experiências recentes bem-sucedidas nos confrontos sul-americanos eliminatórios, para chegar tão longe.
Assim o Corinthians poderia repetir 2017, aproveitando o "vácuo" dos então favoritos Palmeiras e Flamengo nos pontos corridos. Obviamente sem a campanha histórica no primeiro turno, de 14 vitórias e cinco empates, com impressionantes 82% de aproveitamento. E o contraste de Fabio Carille repetindo várias vezes a formação titular, em uma campanha de exceção, na qual tudo deu muito certo.
Mas por que não? É claro que uma sequência de vitórias de qualquer um do trio de abastados nas próximas rodadas já puxaria para cima em uma tabela ainda achatada - a diferença do Flamengo, 14º colocado, para o Red Bull Bragantino, na quarta posição, é de apenas três pontos.
E há a concorrência do São Paulo como um possível "emergente" na competição. Você já leu aqui sobre o elenco mais equilibrado sob o comando de Rogério Ceni. O Corinthians, porém, conta com mais talentos desequilibrantes, além de um "goleiro de três pontos" como Cássio.
E Vítor Pereira, ainda contestado, mas de capacidade reconhecida até por um vaidoso como Jorge Jesus, que já caiu de joelhos na beira do gramado pela perda de um título, nos pontos corridos, com o Benfica para o Porto do atual treinador corintiano. Não é pouco.
Pode ser o suficiente para o Corinthians se impor como "zebra" mais uma vez.
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