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"Match" entre Haaland e Manchester City é tão perfeito que dá até medo
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A contratação de Ibrahimovic pelo Barcelona para a temporada 2009/10 até parecia mágica na época, porém a saída do ídolo Samuel Eto'o deixava uma pulga atrás da orelha. Não funcionou na Catalunha e o camaronês foi ganhar a tríplice coroa como peça fundamental da Internazionale de José Mourinho.
Já a chegada de Lewandowski em 2014 ao Bayern de Munique, também comandado por Pep Guardiola, carregava mais a marca do time bávaro enfraquecendo o rival Borussia Dortmund para construir a dinastia na Bundesliga que dura até hoje, com o decacampeonato. O acréscimo do centroavante ao time foi aumentando com o tempo, incluindo outros treinadores.
Nada se compara ao impacto do acerto entre Manchester City e Erling Haaland, contratado pela "bagatela" de 60 milhões de euros, valor da multa rescisória em uma negociação que pode dobrar por conta das remunerações pagas aos agentes e de bônus ao próprio atleta. Chegando à frente de Barcelona e Real Madrid, que também demonstraram interesse.
Haaland fará 22 anos em julho. Tem 1,94 m e 88 kg, é forte, mas também rápido. O posicionamento na área é quase perfeito e a técnica nas finalizações, com os dois pés e de cabeça, impressiona. Fora a inteligência acima da média e o foco durante os noventa minutos buscando os gols.
Não por acaso já marcou 134 em 182 jogos, desde que explodiu no Red Bull Salzburg na temporada 2019/20. Só Lewandowski marcou mais que ele no período (153). Pelo Dortmund, 85 gols em 88 partidas.
O artilheiro do City nas três últimas temporadas é Riyad Mahrez, com 61 gols. Menos da metade de Haaland. Natural, nem é a função dele marcar gols em um sistema ofensivo muito coletivo e que tem apenas Kevin De Bruyne como titular absoluto.
Mas é possível prever um encaixe imediato e quase perfeito. Porque Haaland se movimenta muito e sabe fazer as diagonais curtas e os desmarques rápidos para infiltrar nas costas da defesa adversária, como gosta Guardiola.
O fenômeno norueguês ainda pode colocar medo na retaguarda do oponente e empurrar para trás a última linha, gerando espaços para os companheiros. Sem contar a rapidez e o "punch" para arrancar e concluir as transições ofensivas desde as reposições perfeitas do goleiro Ederson.
Um "match" perfeito. Tudo tão promissor que chega a bater um medo de fracassar. As únicas dúvidas recaem sobre a condição física atual, depois de uma temporada em que perdeu 16 jogos por lesões, especialmente no quadril. E quando voltou chegou a ficar cinco partidas sem marcar, algo inédito na carreira.
Outro ponto de interrogação é a capacidade de definir jogos grandes de Liga dos Campeões, o grande objetivo do clube que caminha para conquistar a sua quarta Premier League em seis anos de Pep Guardiola. Depois das derrotas recentes, em final e semifinal, o torneio continental será a obsessão dos citizens.
Maior ainda com Haaland, goleador raro que tem tudo para ser uma tacada de mestre do lado azul de Manchester.
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