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City campeão com virada "à la Madrid". Guardiola é rei dos pontos corridos
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O Liverpool esteve a um gol de assumir a liderança e ficar mais perto do titulo inglês. Empatava por 1 a 1 com o Wolverhampton e a notícia do gol do Aston Villa, marcado por Philippe Coutinho, fazendo 2 a 0 sobre o Manchester City no Etihad Stadium, chegou como uma certeza de que só seria necessário cumprir a missão de achar um gol, comemorar a conquista da Premier League e partir para Paris tentar fazer história vencendo a Liga dos Campeões e faturando a quádrupla coroa.
Mas o City ressurgiu das cinzas. Não de forma tão dramática e nos acréscimos, como em 2012, com os gols de Dzeko e Aguero que transformaram uma derrota por 2 a 1 para o Queens Park Rangers, que daria o título ao rival United em virada épica que rendeu uma estátua para o ídolo argentino.
Entre os 31 e 36 do segundo tempo, porém, o "milagre" aconteceu de novo. Com mais fibra que bom futebol, dois gols de Gundogan e um de Rodri. Atropelando um Villa - comandado por Steven Gerrard, ídolo eterno do Liverpool - que parou de reter a bola na frente e ameaçar em contragolpes depois da saída de Coutinho.
Quando os Reds conseguiram sair do sufoco, com gols de Salah e Robertson, já era tarde. Mas foi o suficiente para se despedir da torcida antes da final da Champions com vitória e cabeça erguida. Perdendo o título novamente por um mísero ponto, repetindo 2018/19. Frustração, mas também um bom presságio, já que ganhou o torneio continental naquela temporada, superando o Tottenham.
Não será fácil, mesmo com os prováveis retornos de Van Dijk e Fabinho, além de Salah e Robertson, que mostraram estar recuperados. O problema agora é Thiago Alcântara, que serviu assistência primorosa para Mané no primeiro gol da virada, mas se lesionou e virou dúvida. Logo o melhor em campo pelo Bayern de Munique na final em Lisboa contra o PSG em 2019/20.
Para o City é só festa. E alívio para Guardiola, que descarregou toda tensão no final. Se falta a Champions desde o Barcelona e as críticas se acumulam pelos reveses seguidos, mesmo com tamanho investimento, não há o que discutir nas ligas. Agora são dez em 13 disputadas. Só perdeu para o Real de Mourinho em 2011/12, para o Chelsea de Conte em 2016/17 e o próprio Liverpool, em 2019/20. Fora o ano "sabático" em 2012/13, antes de assumir o Bayern de Munique.
Definitivamente, é o rei dos pontos corridos. Por isso durante a semana exaltou a conquista que premia a regularidade em 38 rodadas. E desta vez veio com emoção, numa virada "à la Madrid". Ressurgindo das cinzas como o grande algoz na semifinal da Champions. Com o sangue nos olhos e a cultura de vitória que sobram na Inglaterra, porém ainda falta na competição europeia.
Quem sabe na próxima, com Haaland para aproveitar as chances que foram desperdiçadas no Bernabéu?
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