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Tchouaméni e a dura reconstrução de meio-campo histórico no Real Madrid
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80 milhões de euros, mais vinte em possíveis bonificações futuras. Este foi o preço pago pelo Real Madrid ao Monaco por Aurélien Tchouaméni. A segunda maior do clube francês, só atrás da saída de Kylian Mbappé para o PSG.
Enorme investimento para um meio-campista de 22 anos que já serve à seleção francesa. É jogador que se impõe fisicamente e dá volume à equipe pela capacidade de desarmar e interceptar, mas também colaborar com passes, curtos ou longos, e até aparecer na área para concluir, com bola parada ou rolando.
É a aposta do atual vencedor da Liga dos Campeões para, junto com Camavinga e Valverde, partir para a duríssima tarefa de renovar um meio-campo histórico.
Casemiro tem 30 anos e ainda alguma lenha para queimar; Toni Kroos está com 32 e já sinaliza algum declínio físico após tantas temporadas a serviço do clube e também da seleção alemã. Já Modric vai completar 37 em setembro. Voou na temporada, sobra tecnicamente, mas a faixa etária é de reta final de carreira.
São cinco Champions de Casemiro e Modric, uma a mais que Kroos no Real - este venceu uma pelo Bayern, em 2012/13. Mais três ligas espanholas, entre outros títulos. Muitas conquistas com desempenho constante e sintonia fina. Um trio do nível de Busquets, Xavi e Iniesta. Fantásticos coadjuvantes para Messi, Cristiano Ronaldo e, no caso da última temporada, de Benzema.
Mas é preciso olhar para o futuro e fazer uma transição serena e respeitosa, porém firme para a equipe não se tornar "refém" do currículo dos atletas, ainda que estes não estejam mais rendendo o esperado.
Tchouaméni tem potencial para se transformar em um Pogba mais intenso e completo, ainda que um pouco menos talentoso. Não por acaso despertou interesse também em PSG e Liverpool.
Camavinga tem 19 e Valverde, 23. Já demonstraram na última temporada que já estão mais que adaptados e podem ser muito úteis. É claro que não há uma reposição fácil para Modric, eleito melhor do mundo em 2018, e Kroos, para este que escreve o mais completo e vencedor meio-campista nascido na Alemanha. E Casemiro foi quem arrumou o meio do Real, se afirmando como titular com Zidane.
Mas a palavra-chave é renovação. Com mais rodagem do elenco e os mais experientes passando o cetro gradualmente para os mais jovens. Sem traumas ou transferência de responsabilidade desproporcional em um clube gigante, o maior do planeta.
Com a liderança tranquila de Carlo Ancelotti, que deu minutos e confiança a Vinicius Júnior para desequilibrar na temporada e parte para uma missão complexa, porém com a paz dos títulos para executá-la com paciência e inteligência. No tempo certo.
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