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Gol tardio do Cuiabá faz justiça. Galo de Mohamed é uma bagunça
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Era noite dos estreantes no Galo, que reforçou um elenco já recheado. Antonio "Turco" Mohamed mexeu muito na formação inicial, dentro de um rodízio natural depois da vitória sobre o Botafogo na segunda-feira. Deixou vários titulares e também as "surpresas" no banco: Pavón, Pedrinho e Alan Kardec.
Um risco grande diante de um Cuiabá nitidamente mais organizado e competitivo com Antonio Oliveira no comando técnico. Em casa, ao contrário do duelo com o Palmeiras no Allianz, o time tinha contragolpes mais organizados, apesar de apenas 30% de posse nos primeiros 45 minutos.
Mas nada menos que oito finalizações, metade no alvo e Rodriguinho, o "falso nove" do 4-1-4-1 de Oliveira, como protagonista, porém ser ir às redes. Chute cruzado que Everson salvou e depois o toque fraco, com o goleiro atleticano já batido, que Igor Rabello conseguiu cortar.
Duas chances cristalinas, que se somaram ao toque por cima de Rafael Gava que Igor Rabello também salvou na segunda etapa. Consequência da total desorganização do Galo, que não pode ser justificada nem pelo natural desentrosamento de um time misto.
Porque com os titulares a bagunça é a mesma, com setores espaçados e vivendo de lampejos, pela intuição e pelo talento dos atletas, ou por um resquício da sintonia fina do time de 2021 que, sob o comando de Cuca, "unificou" os títulos nacionais, vencendo Brasileiro e Copa do Brasil sobrando.
Agora, porém, é um amontoado de jogadores - uns melhores, ou mais conhecidos, outros menos qualificados - que tentam se entender como se não houvesse a interferência do treinador. O time mineiro rodava a bola, mas nada criava.
Mesmo com todas as substituições do "Turco", mandando a campo Allan, Keno e os três estreantes. Com Zaracho se aproximando de um quarteto ofensivo formado por Pavón à direita, Pedrinho por dentro atrás de Alan Kardec e Keno pela esquerda.
No final, uma jogada minimamente bem concatenada pela esquerda, que achou Guilherme Arana, um dos poucos titulares desde o início, que serviu Kardec para marcar em sua estreia. A mais bem-sucedida das sete finalizações, quatro no alvo. Muito pouco para os 68% de posse dos visitantes.
Parecia uma vitória "sobrenatural" do time que viveu de seus talentos. Mas seria um absurdo que só o futebol é capaz de proporcionar o Cuiabá de 16 finalizações, 11 de dentro da área e oito na direção da meta de Everson sair derrotado em seu estádio e complicar a missão de se manter longe do Z-4.
Mas havia um estreante do outro lado também: Gabriel Pirani, contratado ao Santos por empréstimo, que acreditou e empatou no último ataque, em nova jogada bem articulada. Pelo desempenho nos 90 minutos, dois pontos perdidos. Pelo contexto, um ganho contra um dos favoritos, ao menos no papel.
Porque o Galo de Mohamed, na práica, oferece muito pouco. Quase nada diante do potencial do elenco para o nível do futebol jogado no país. Um grande desperdício.
(Estatísticas: SofaScore)
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