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Santos deixa lição para o Fluminense: duelar com Palmeiras só com erro zero
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O Fluminense não teve o suspenso Fernando Diniz à beira do campo para manter o time ligado o tempo todo. O cansaço também parece bater na sequência de Brasileiro e Copa do Brasil, que será compensada agora com duas semanas "cheias", já que o time está fora das competições sul-americanas.
Ainda assim, a Vila Belmiro foi mais um estádio em que o futebol mais vistoso do país no momento se impôs tecnicamente. Com posse, movimentação e repertório que hoje nem depende tanto dos gols de Gérman Cano. E quando o Santos baixou a guarda em um pênalti tolo de Sandry em Matheus Martins convertido pelo "maestro" Ganso, com cavadinha, e, na sequência, Jhon Arias aproveitou o adversário zonzo para virar, o Flu pareceu bem perto de mais uma vitória.
Daquelas que, pelo contexto da estreia de Lisca na Vila e da fibra de um time chacoalhado pela mudança no comando técnico e que foi feliz no primeiro tempo abrindo o placar com o gol meio sem querer do zagueiro Luiz Felipe, mereceria uma comemoração efusiva e deixaria o time a um ponto do Corinthians e cinco do Palmeiras.
Mas vieram substituições questionáveis, puxando o time demais para trás depois da ousada troca no intervalo do zagueiro Luccas Claro por Martinelli, recuando o volante André para a zaga ao lado de Nino. Encorajaram um oponente abatido e aqueceram a Vila.
Pior, ainda deixou espaços, mesmo com André, Wellington, Martinelli e Nonato no meio e David Duarte recompondo a zaga, e cedeu o contragolpe que o garoto Ângelo, que entrara na vaga de Zanocelo, aproveitou para servir Marcos Leonardo, o "raio" que não costuma perdoar. Oitavo gol do camisa nove na competição, consolidando os 2 a 2 em mais um belo espetáculo com a equipe de Diniz envolvida..
Pelo contexto, um ponto ganho para o Santos, que deixa dura lição para o Fluminense: duelar com o Palmeiras só com erro zero. Ganhando jogos em cenários complicados, como a equipe de Abel Ferreira faz com frequência. Não dá para terminar com 67% de posse, 12 a 10 em finalizações, sete a três no alvo, mais uma cobrança de falta de Ganso na trave no primeiro tempo, e não voltar para o Rio de Janeiro com os três pontos.
O vacilo saiu caro, mas a invencibilidade subiu para 12 partidas e, pela bola jogada, segue como um grande concorrente nos pontos corridos e forte candidato também na Copa do Brasil.
(Estatísticas: SofaScore)
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