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Consistência é a chave da segurança do Flamengo de Dorival
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O Flamengo sofreu no primeiro tempo em Itaquera. Algo mais que previsível, porque, mesmo sem Willian e Renato Augusto, o Corinthians é um time bem treinado e atmosfera na Neo Química Arena faz o jogo ficar ainda mais intenso.
A saída de Maycon, lesionado após entrada dura de Thiago Maia, atrapalhou os planos de Vitor Pereira. O time mandante tirava os espaços de Everton Ribeiro e atacava com o meio-campista, mais Lucas Piton e Gustavo Mosquito, o lado mais frágil defensivamente do Flamengo. O de Rodinei. Quase abriu o placar com Mosquito no início.
Os visitantes resistiram, apesar dos erros de Léo Pereira, Thiago Maia e João Gomes na saída de bola pressionada, e foram ajustando a marcação e a ocupação dos espaços. Organização defensiva, bola roubada, transição com De Arrascaeta circulando às costas de Cantillo.
Até o uruguaio marcar um golaço - legal pela mudança na regra desde julho do ano passado, apesar do toque no braço de João Gomes - e descomplicar o jogo também mentalmente para o Flamengo. Desta vez o time não precisou criar e finalizar tanto para ir às redes.
Com a vantagem, saltou aos olhos, especialmente no segundo tempo, a grande virtude do time de Dorival Júnior neste momento da temporada: a consistência.
Os setores se conectam, com ou sem a bola. O trio ofensivo não permite que a equipe se defenda apenas com sete homens. A última linha está quase sempre bem posicionada e protegida por Thiago Maia. Quando ataca, os atletas se aproximam, oferecem opções de passe, se movimentam para fazer os desmarques. A técnica refinada faz a diferença.
Com confiança, tudo flui com mais naturalidade. E quando a bola circula desde Santos até Gabi receber de Rodinei, aproveitar o bote errado que levou Balbuena ao chão, e, enfim, finalizar com precisão (e beleza), a nítida superioridade se reflete no placar.
A consistência é a chave da segurança. Para administrar 57% de posse e finalizar 15 vezes, cinco no alvo, em um estádio difícil de se impor. E Cebolinha e Victor Hugo, que entraram nos últimos minutos, ainda poderiam ter transformado os 2 a 0 em classificação antecipada. Mas ficou bem encaminhada.
Até porque o time titular definido por Dorival para as copas desde os 7 a 1 sobre o Tolima, só levou justamente este gol, já vencendo por 4 a 0, nas cinco partidas em que foi escalado. Marcou 16, sem contar as chances perdidas contra o Athletico.
Deve confirmar a vaga na semifinal da Libertadores e tem chance de fazer história na Arena da Baixada, nem que seja nos pênaltis, e seguir na Copa do Brasil. Porque o Flamengo está consistente e, por isso, passa segurança ao torcedor.
Méritos de Dorival, que ganha reforços para fazer um dos melhores elencos do país ficar ainda mais competitivo. Como Arturo Vidal, um luxo que saiu do banco para desfilar classe e reforçar a imagem de líder natural no segundo tempo. E quase marcou um gol.
O Corinthians lutou e não está morto. Mas sentiu o peso da qualidade do oponente em Itaquera.
(Estatísticas: SofaScore)
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