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Ataques de técnicos brasileiros só alimentam "contra tudo e todos" de Abel
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Cuca deveria ficar quieto depois de perder três duelos de Libertadores para Abel Ferreira. Os dois últimos mais equilibrados, porém realçando a incompetência do Galo nas chances que teve de resolver os confrontos.
E o primeiro com o ridículo da cena do treinador brasileiro se embolando com Marcos Rocha na beira do campo, sendo expulso, se misturando na torcida do Santos e distraindo sua equipe, que sofreu o gol de Breno Lopes no ataque final da decisão continental no Maracanã.
Mano Menezes sabia que as câmeras captariam o áudio da conversa com Dorival Júnior no Beira-Rio, na estreia do colega no Flamengo, e não perdeu a chance de dizer que o trabalho do "Cacique" Medina tinha "esculhambado" o Internacional. Pois hoje o time gaúcho está eliminado da Sul-Americana pelo fraquíssimo Melgar e Medina vai disputar a semifinal da Libertadores comandando o Vélez Sarsfield contra o próprio Flamengo.
Já Jorginho, com a ridícula tese de que um treinador para ser bom precisa necessariamente ser campeão comandando um time fraco, simplesmente humilhou o Atlético-GO, equipe que comanda, clube que o abrigou depois de péssimos trabalhos, que está na semifinal da Sul-Americana e pode chegar às semifinais da Copa do Brasil. Talvez ainda estejam vivos na lembrança os quatro gols em sete minutos da virada no final do primeiro tempo no Allianz Parque.
Um papelão dos treinadores brasileiros. Clara perseguição e por causa de duas bobagens.
Abel elogiou Cuca antes de fazer uma observação óbvia, de que um time para atacar o adversário fechado e com inferioridade numérica precisa jogar pelas pontas, sim. Como Cuca, aliás, fazia com os braços pedindo para o Atlético abrir o jogo. Mas é óbvio que necessita também de atletas por dentro do "bloco" para mexer com a marcação e atacar a última linha de defesa para se colocar em condições de finalizar.
Não foi por acaso que as duas conclusões mais perigosas do Galo no Allianz foram de Jair e Hulk, os únicos, além de Zaracho, que entravam na área por dentro, já que os laterais e os pontas ficavam abertos e os zagueiros e mais o volante Allan estavam por trás. Pura matemática. Lição básica de como se furar uma retranca que Cuca não quis ouvir e preferiu atacar. E Mano ironizar chamando de "aula".
Outra discussão tola é sobre o comportamento na decisão por pênaltis. Ora bolas, o Palmeiras já havia perdido cinco disputas. Com Abel Ferreira na beira do campo e Weverton trocando de lado e não defendendo nada. Qual o problema de mudar de estratégia?
Quem garante que Abel não decidiu ir para o vestiário ouvir música depois de uma conversa com a psicóloga do clube, Gisele Silva? Para que a tensão do comandante não contaminasse os batedores, por exemplo. E a estratégia de Weverton, depois de tantos insucessos? Por que não mudá-la, arriscando tudo de um lado para pegar uma, como conseguiu?
Por que Cuca não focou no absurdo que foi a expulsão de Vargas, claramente forçando a barra no último momento do tempo normal para fugir da sua cobrança decisiva e deixar a "bucha" para o jovem Rubens?
Tudo muito ridículo. Pura covardia com toques óbvios de xenofobia. Com Paulo Sousa já bem longe e Vitor Pereira balançando no Corinthians, além de sempre sugerir que no final do contrato não deve permanecer, Abel Ferreira fica como o grande alvo. E incomoda mais, porque, ao contrário de Jorge Jesus, passa a impressão de desejar criar raízes no Brasil e no Palmeiras, construir uma história mais longa e vencedora.
Aí bate o desespero em quem não demonstra competência para disputar de forma leal e precisa apelar.
Abel é inteligente. Não responde e vai transformar tudo isso em motivação para si e seus comandados. Mais um capítulo do "contra tudo e contra todos" que norteia o discurso que o palmeirense ama. O português provavelmente não citará nominalmente Cuca, Mano ou Jorginho no vestiário, mas certamente colocará no bolo dos que o seu time vai "calar a boca" se conquistar Brasileiro e/ou Libertadores.
Caso dê certo, os três patetas ainda terão ajudado o objeto de seus ódios e medos mais profundos. Como diz o jargão da novela "Pantanal": Parabéns, muito ruim! Haja falta de inteligência, para não dizer outra coisa.
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