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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Grupo da "morte" é destaque na Champions, mas um duelo do PSG promete mais

Di María, Messi, Neymar e Mbappé, durante partida entre PSG e Olympique de Marselha - CHRISTOPHE SIMON / AFP
Di María, Messi, Neymar e Mbappé, durante partida entre PSG e Olympique de Marselha Imagem: CHRISTOPHE SIMON / AFP

Colunista do UOL Esporte

26/08/2022 08h35

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Sorteio da fase de grupos da Liga dos Campeões sempre tem favoritos destacados e um grupo que vai reunir três grandes, porque um não foi campeão e outro escorregou na temporada anterior e caiu no pote 3.

Foi o que aconteceu no C, com o Bayern de Munique dominante na Alemanha, o Barcelona que se reergueu com Xavi e reforços, terminando La Liga em segundo lugar, e a Internazionale, que perdeu o título italiano para o rival Milan. Sobrou para os tchecos do Viktoria Pilsen as chances remotíssimas de parar na Liga Europa.

O time bávaro é o favorito destacado, embora o reencontro com Lewandowski dentro do jogo posicional de Xavi Hernández possa fazer estragos. A Internazionale que reedita a dupla Lukaku-Lautaro também tem chances de dar trabalho e equilibrar as forças. Mas é a terceira força.

O reencontro de Erling Haaland, agora no Manchester CIty, com o Borussia Dortmund também é atração, a maior do G, e o campeão Real Madrid deve desfilar no F contra Leipzig, o candidato à segunda vaga, Shakhtar Donetsk e Celtic. O vice, Liverpool, terá que retomar o nível alto de competição que oscila neste início de Premier League para se impor diante de Ajax, Napoli e Rangers.

Há, porém, um duelo mais que interessante que não pode ser considerado "escondido" por envolver o ultramidiático PSG de Mbappé, Messi, Neymar e outras estrelas, mas que passou um pouco batido no radar do sorteio, até por envolver as forças destacadas de um grupo H que parece apresentar papeis bem definidos.

O Benfica, mesmo sobrevivendo até as quartas da última edição, agora tende a ficar com a vaga na Liga Europa. O israelense Maccabi Haifa será o "fiel da balança": quem perder ponto contra se complica.

Já a Juventus, que fez ótima janela, com Di María, o retorno de Pogba e mais Kostic (Eintracht Frankfurt), Bremer - zagueiro brasileiro, ex-Torino - e agora Milik, emprestado pelo Olympique de Marselha, além da possibilidade de tirar Paredes do próprio PSG, oferece um elenco bem mais forte a Massimiliano Allegri, o treinador que comandou a Vecchia Signora na última final de Champions, em 2016/17.

Tendência de dois ótimos jogos contra a equipe francesa, que parece assentar o vestiário com Christophe Galtier no comando técnico e com Messi e Neymar focados no Catar, mas que podem ajudar muito o PSG até o início de novembro.

São os favoritos à liderança do grupo, mas a Juve mais encorpada deve dar trabalho nos confrontos diretos em Paris e Turim que prometem, ao menos em nível técnico, até mais que as disputas do grupo mais comentado, com justiça por reunir nada menos que 14 títulos - seis do Bayern, cinco do Barça e três da Inter.