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Semifinais da Libertadores vão definir também os rumos do Brasileiro
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O Flamengo jogou muito mal no péssimo gramado do Estádio Nílton Santos.
Pelos próprios defeitos, como a lentidão de Diego Ribas no meio-campo, que sobrecarregou Vidal e tirou Victor Hugo do jogo e a inoperância de Gabigol na ponta direita substituindo Marinho, mas também pela intensidade do Botafogo. Se o time de Luis Castro repetisse o comportamento no duelo com o maior rival nas outras partidas do Brasileiro não estaria tão próximo do Z-4.
Cruzamento de Matheuzinho - um dos melhores do time, marcando o perigoso Jeffinho e sendo escape importante pela direita - para assistência de um Pedro que saiu do banco e é cada vez mais essencial, ainda mais com Gabigol apagado.
Gol de Vidal na melhor jogada articulada pelo time de Dorival Júnior na casa alvinegra, que decretou os três pontos que colocam o Flamengo na vice-liderança, agora a sete pontos do Palmeiras.
Desvantagem grande, mas que não deve alterar o planejamento da comissão técnica rubro-negra. Se sacrificar os titulares, pode repetir 2021 e terminar com as mãos abanando. Melhor tentar retomar a evolução do "time B", que, não por acaso, teve melhor desempenho com um volante de ofício no meio. Foi Thiago Maia contra Athletico e Palmeiras, pode ser Erick Pulgar, que, enfim, estreou nos últimos minutos do clássico, já contra o Ceará no fim de semana.
Antes, porém, os jogos de ida das semifinais da Libertadores: Flamengo contra o Vélez Sarsfield no José Almafitani e o Palmeiras, sem Danilo e Gustavo Scarpa, vai à Arena da Baixada encarar o Athletico. Partidas de volta na semana seguinte.
Esses duelos vão definir os rumos do Brasileiro. Mas há várias possibilidades.
Uma derrota do Flamengo na Argentina pode interferir na concentração e na parte anímica contra o Ceará, no Maracanã, mesmo com os reservas. Qualquer ponto perdido será irrecuperável.
O mesmo vale para o Palmeiras, caso perca a invencibilidade na Libertadores em Curitiba. Pelo Brasileiro, encara o Red Bull Bragantino no Nabi Abi Chedid. Se deixar pontos em Bragança no sábado, o grande rival nacional dos últimos anos entrará em campo no domingo sabendo que pode reduzir ainda mais a vantagem.
Na rodada seguinte da principal competição nacional, logo após a definição dos finalistas sul-americanos, o Palmeiras tem missão mais tranquila, contra o Juventude no Allianz, enquanto o Flamengo vai à Serrinha encarar o Goiás, três dias antes de decidir com o São Paulo no Maracanã a vaga na final da Copa do Brasil.
O Flamengo também pode sair fortalecido, classificado nos torneios de mata-mata e construindo nova sequência de vitórias no Brasileiro.
A grande questão é: para Flamengo e Palmeiras é melhor que o outro siga dividindo atenções com outras competições ou que o abalo de uma eliminação no mata-mata possa impactar no campeonato mais longo?
O Palmeiras tem gordura nos pontos corridos para se concentrar na busca do tricampeonato de Libertadores. Só depende de si e a regularidade e capacidade competitiva sob o comando de Abel não indicam uma oscilação tão forte, apesar da ausência de grandes atuações nas últimas partidas. É, inegavelmente, o grande favorito nos campeonatos que disputa.
Já o time carioca segue dividido em três frentes e vai precisar da trilha perfeita para fazer história. Começando por uma queda vertiginosa do Alviverde, parecida com a de 2009, quando era líder e favorito absoluto, mas terminou fora até do G-4 e os rubro-negros arrancaram para o título.
Mas Dorival vai necessitar também de um returno épico no Brasileiro com os reservas, amparado pelos titulares, como na vitória no Nílton Santos. Lembrando um pouco o Palmeiras de Felipão em 2018. O time misto foi vencendo e, no "vácuo" de Flamengo, Internacional e São Paulo, de repente era líder do campeonato.
Missão bem complexa, mas não impossível. O primeiro passo é recuperar o futebol do time do Brasileiro, que ficou devendo, mesmo vencendo o clássico em Engenho de Dentro.
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