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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

PSG estreia na Champions repetindo brilho na frente e problemas atrás

Mbappé abraça Neymar na comemoração de gol pelo PSG no duelo contra a Juventus pela Liga dos Campeões. 06/09/2022 - ANNE-CHRISTINE POUJOULAT/AFP
Mbappé abraça Neymar na comemoração de gol pelo PSG no duelo contra a Juventus pela Liga dos Campeões. 06/09/2022 Imagem: ANNE-CHRISTINE POUJOULAT/AFP

Colunista do UOL Esporte

06/09/2022 18h14

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A Liga dos Campeões é sempre a obsessão do Paris Saint-Germain na temporada, desde que virou "novo rico". Mas costuma ser também um choque de realidade ao encarar os grandes europeus.

Agora comandado por Cristophe Galtier, o time francês repetiu no início contra a Juventus no Parc des Princes o brilho ofensivo que impressionou nas primeiras seis partidas da Ligue 1, com média de quatro gols por jogo.

Golaço de Mbappé completando fantástica assistência de Neymar, mobilidade do trio completado por Lionel Messi. O argentino e o brasileiro circulando entre a linha de cinco e os três meio-campistas do 5-3-2 armado por Massimiliano Allegri e Mbappé indefinindo a marcação do trio de zagueiros que tinha o lateral direito Danilo pela esquerda.

Mas o segredo, novamente, foi a pressão no campo de ataque enquanto houve concentração e disposição do trio ofensivo para colaborar, além da intensidade sem bola de Verratti e Vitinha, a ótima novidade da temporada. Na fase defensiva, uma linha de cinco bem definida, com Sergio Ramos, Marquinhos e Kimpembe, mais o recuo dos alas Hakimi e Nuno Mendes, que abrem o campo quando o PSG ataca.

Foi de Hakimi a assistência para Mbappé fazer dois a zero e deixar a impressão de que a equipe de Galtier poderia estrear com goleada. Mas era Champions e, do outro lado, a Juventus.

A "Vecchia Signora" encontrou no jogo aéreo, com Cuadrado e Kostic buscando os cruzamentos para Vlahovic e Milik, este uma das novidades na temporada que fez Donnarumma trabalhar na melhor oportunidade da Juve em um primeiro tempo de 62% de posse do PSG, porém as mesmas quatro finalizações do adversário, mas dois a um no alvo. E 2 a 0 no placar.

Segundo tempo de um PSG mais frouxo sem bola e individualista no ataque. Mbappé negou uma assistência a Neymar. McKennie entrou na vaga de Miretti e diminui, aproveitando falha de Donnarumma na saída e Kimpembe na disputa. Vlahovic ainda ganharia de Marquinhos no alto, mas o goleiro italiano do PSG salvou.

O PSG só recuperou o domínio com as substituições que renovaram o fôlego, aumentaram a estatura na retaguarda com Danilo no lugar de Vitinha e preencheram mais o meio com Soler na vaga de Messi. Mbappé e Neymar tiveram chances de ampliar, entre as 15 finalizações, seis no alvo. Mas cedeu 13, seis na direção de Donnarumma.

Mais do mesmo para um dos candidatos ao título, pelas estrelas que reúne: talento no ataque e dificuldades na defesa. Difícil equilibrar e vem cobrando seu preço em jogos grandes do torneio continental. Pode ser na final, como contra o Bayern, ou nas oitavas, caindo para o Real Madrid.

A Juventus teve chance de sair com um ponto, mas deve mesmo ficar com a segunda vaga do grupo H. Mesmo provavelmente dando trabalho também na volta, em Turim.

(Estatísticas: SofaScore)