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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Lewa e Barça deviam saber, melhor que ninguém, que não se perdoa o Bayern

Sané comemora gol do Bayern de Munique sobre o Barcelona em jogo da Champions League - Alex Grimm/Getty Images
Sané comemora gol do Bayern de Munique sobre o Barcelona em jogo da Champions League Imagem: Alex Grimm/Getty Images

Colunista do UOL Esporte

13/09/2022 18h17

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O Barcelona começou com boa sequência de vitórias, em La Liga e também na estreia da Liga dos Campeões, mas essencialmente a equipe de Xavi Hernández vive uma reconstrução, renovando ainda mais o elenco que já tinha sido remontado na temporada passada.

O Bayern de Munique encerrou o ciclo histórico com Lewandowski e, surpreendentemente, o início na Champions, com vitória fora de casa sobre a Internazionale por 2 a 0, foi melhor que na Bundesliga, com três empates seguidos que entregaram a liderança para o "emergente" Union Berlin.

Certamente era o confronto mais equilibrado dos últimos tempos entre os gigantes europeus, mesmo na Allianz Arena. Mas o resultado foi mais do mesmo.

Porque Barça e Lewandowski deviam saber, melhor que ninguém, que não se perdoa o time bávaro. Muito menos em Munique.

O craque polonês desperdiçou duas boas chances no primeiro tempo de superioridade catalã, com Raphinha e Dembelé dando trabalho pelas pontas e os meio-campistas Gavi e Pedri, no 4-3-3, se aproximando do centroavante e entrando na área como opções para receber e finalizar.

Os donos da casa sofriam com marcação frouxa no meio e uma dinâmica confusa pela esquerda, com Mané "embolando" com Alphonso Davies, Musiala e Sabitzer e isolando Muller como único atacante na execução do 4-2-3-1..

Foram dez finalizações nos primeiros 45 minutos, porém apenas duas na direção da meta de Neuer. Lewandowski perdeu as duas melhores oportunidades. Não funcionou a lei do ex.

Na volta do intervalo, Goretzka na vaga de Sabitzer, aumentando a intensidade não só no meio, como nas transições do Bayern. Ajustando a equipe mais entrosada, mesmo com alguns problemas de relacionamento entre elenco e o treinador Julian Nagelsmann.

Na bola parada, o gol de Lucas Hernández se antecipando a Marcos Alonso e Ter Stegen na cobrança de Kimmich. No contragolpe, mobilidade de Musiala e Leroy Sané, que ampliou para 2 a 0 e definiu o placar.

No saldo final, posse de 53% e 18 finalizações a 13 para o Barcelona, mas quatro para cada lado no alvo. Duas nas redes só do lado de quem vem se impondo nos duelos dos últimos anos.

Mesmo oscilando, o Bayern ainda é forte demais. Já lidera o dito "grupo da morte". Pelo jeito, o risco de parar na Liga Europa vai ficar para Barcelona e Inter.

(Estatisticas: SofaScore)