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Vitória do Palmeiras no Mineirão é daquelas que tiram todas as dúvidas
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O Palmeiras é o campeão brasileiro de 2022. Com todos os méritos. Agora é uma questão puramente matemática. De contagem regressiva.
O Atlético Mineiro teve 63% de posse e finalizou 16 vezes. Dez de dentro da área. Apenas três no alvo e duas nas traves de Marcelo Lomba, com Hulk e Keno em suas jogadas características, cortando da ponta para dentro e batendo com os pés "trocados".
Mas foi incompetente. De novo em uma temporada para esquecer, pior depois da volta de Cuca. Desperdiçando oportunidades e falhando atrás, com péssima transição defensiva.
Tudo que esse impressionante Palmeiras precisava para se impor novamente. Agora com vitória, no duelo derradeiro, depois de seguidos empates. Um triunfo com a marca de Abel Ferreira.
Apinhado de desfalques, soube repaginar sua equipe em um sistema com três defensores. Marcos Rocha era o da direita, fazendo companhia a Murilo e Kuscevic. Luan, zagueiro de ofício, era o parceiro de Atuesta à frente da retaguarda. Liberdade apenas para o trio Scarpa-Dudu-Rony e o escape pela direita com o ala Mayke.
Concentração, resiliência para suportar a pressão, sem ser vazado. Desta vez nenhuma expulsão tola. E a vitória em uma jogada bem trabalhada por Rocha e Scarpa, mais aquele toque de sorte na assistência meio "chutada" do meia que encontrou Murilo livre para marcar o gol único e fazer o rival desabar mentalmente de vez e o Mineirão se calar.
Ainda teve um gol absurdamente anulado por mais uma péssima arbitragem no Brasileiro. Não houve falta em Mariano e Cuca se livrou de outro gol de Breno Lopes. Ainda um pênalti para lá de marcável sobre Atuesta sonegado por Marcelo de Lima de Henrique e equipe. Um desastre.
Mas nada parece abalar esse Palmeiras que já era histórico e agora se confirma nos pontos corridos. Com a ventura que bafeja em momentos importantes, mas que envolve muita competência. Completo ou desfalcado, mesmo com elenco curto. Foco no jogo, paciência para encarar as tormentas, não se desmanchar no desconforto e poder de decisão nas chances criadas.
Se a concorrência vacila, o time atropela na capacidade de competir e pontuar em praticamente todos os jogos. São nove de vantagem, agora sobre o Fluminense depois do empate do Internacional com o Bragantino, faltando dez rodadas.
A segurança é tamanha que a impressão que fica é de que a tendência é abrir ainda mais vantagem. Resta saber com quantas rodadas de antecedência virá a confirmação do que parece nítido há tempos. A vitória no Mineirão é daquelas que tiram qualquer dúvida.
(Estatísticas: SofaScore)
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