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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Vexame do Barcelona vai além da freguesia para o Bayern

Choupo-Moting finaliza entre as pernas de Ter Stegen e amplia o placar para o Bayern diante do Barcelona, pela Champions - Alex Caparros/Getty
Choupo-Moting finaliza entre as pernas de Ter Stegen e amplia o placar para o Bayern diante do Barcelona, pela Champions Imagem: Alex Caparros/Getty

Colunista do UOL Esporte

26/10/2022 18h25

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O Barcelona estava virtualmente eliminado na quarta rodada da fase de grupos, ao empatar em 3 a 3 no jogo maluco contra a Internazionale.

A certeza do fracasso vinha também da projeção do confronto, na rodada seguinte, com o Bayern de Munique. Mesmo no Camp Nou. Os 4 a 0 da Internazionale sobre o Viktoria Plzen já aniquilaram as chances matemáticas, pela vantagem dos italianos no confronto direto.

O Bayern só jogou a pá de cal. Abrindo 2 a 0 em um primeiro tempo de apenas uma finalização do time catalão: a cobrança de falta de Lewandowski que parou na barreira. Controlando o jogo com Kimmich e Goretzka no meio e acelerando para o quarteto ofensivo, formado por Gnabry e Mané nas pontas, Musiala circulando por trás de Choupo-Moting, que marcou o segundo em rápida transição ofensiva.

Explorando os muitos espaços cedidos por um Barça perdido, com Raphinha no banco e Dembelé correndo muito pela direita, driblando fácil como ambidestro, mas errando demais nas tomadas de decisão. Segundo tempo meio em ritmo de treino, ainda dando tempo para Pavard marcar o terceiro no final. Três assistências de Gnabry.

O Barcelona pode lamentar a arbitragem desastrosa na derrota por 1 a 0 em Milão. De fato, foi muito prejudicado por um pênalti não assinalado. Não apaga, porém, o vexame de quem investiu tanto contando com o desempenho esportivo. Restam Liga Europa e La Liga, muito pouco para as ambições de quem contratou o melhor jogador da última temporada.

O sorteio do Grupo B não foi realmente dos mais felizes. Mas a campanha foi vergonhosa, mesmo relativizando a pouca experiência de Xavi Hernández como treinador e a falta de sintonia de um grupo em formação dentro de uma proposta de jogo complexa.

Vai muito além da incrível freguesia para o Bayern: nos últimos oito confrontos, sete vitórias do time alemão, apenas uma do Barça. 26 a 7 no saldo de gols. Sinal dos tempos.