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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Tite confirma para a Copa uma seleção que pode atacar de todas as formas

Neymar abraça Vini Jr. após marcar gol pelo Brasil no confronto contra o Chile pelas Eliminatórias da Copa do Mundo do Qatar, no Maracanã. 24/03/2022 - CARL DE SOUZA/AFP
Neymar abraça Vini Jr. após marcar gol pelo Brasil no confronto contra o Chile pelas Eliminatórias da Copa do Mundo do Qatar, no Maracanã. 24/03/2022 Imagem: CARL DE SOUZA/AFP

Colunista do UOL Esporte

07/11/2022 13h42

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Daniel Alves como lateral e liderança no vestiário, Bremer como o quarto zagueiro da lista, Everton Ribeiro confirmado como meio-campista na disputa com Coutinho, lesionado.

A grande surpresa foi Gabriel Martinelli e não Roberto Firmino. Para fechar os nove atacantes, a grande novidade com o aumento dos convocados para 26.

Previsível, porque o Brasil de Tite terá uma última linha defensiva organizada, para proteger a meta de Alisson com o suporte de Casemiro, mas também coordenando a saída de bola. Com dois zagueiros e os laterais por dentro auxiliando o volante. Ou fazendo uma saída de três, provavelmente com Danilo se juntando aos centrais e Alex Sandro se soltando mais, caso Paquetá esteja posicionado à esquerda e Fred como o segundo volante que também desce.

O Brasil vai atacar com cinco homens a última linha adversária em vários momentos durante a Copa. Por isso Raphinha e Antony pela direita, Vinicius Júnior e Martinelli pela esquerda, Richarlison e Gabriel Jesus como os centroavantes móveis por dentro,

Rodrygo como um segundo atacante por dentro que flutua, executando função semelhante à de Neymar. Mais Pedro, o pivô, o gigante na área adversária para momentos específicos. Ou seja, para o "abafa". É possível atacar de todas as formas.

Por isso Firmino ficou de fora, desequilibraria o que Tite projeta para o ataque. Mas não falta talento, embora os únicos de fato desequilibrantes sejam Neymar e Vinicius Júnior.

Ainda assim, é um grupo fortíssimo e com capacidade de competir em alto nível. Mas no equilíbrio insano do futebol de seleções não quer dizer muita coisa. A rigor, o Brasil pode bater campeão ou cair na primeira fase.

Tite será questionado por uma ou duas presenças, duas ou três ausências. Normal. Como Telê, Lazaroni, Parreira, Zagallo, Luxemburgo, Leão, Felipão, Dunga, Mano Menezes...Mas foi coerente, isso é inquestionável.