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Inacreditáveis Botafogo e Galo aquecem a disputa que sobrou no Brasileiro
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Parecia ter chegado a hora do Atlético Mineiro usar a força do elenco, que manteve a base vencedora de 2021 e ainda se reforçou, ao menos para garantir uma vaga na Libertadores via Brasileiro, no G-6 ou sendo obrigado a disputar as etapas eliminatórias antes da fase de grupos do torneio continental.
Mas o adversário no Mineirão era o Botafogo, que vem marcando a sua campanha nos pontos corridos de forma inusitada: como visitante estaria no G-4 e como mandante no Z-4.
Para variar, muitas chances desperdiçadas pela equipe de Cuca. A mais clara o chute de Keno na trave, livre à frente do goleiro Lucas Perri, substituto de Gatito Fernández, que se lesionou ainda no primeiro tempo. Houve também o gol anulado de Vargas, por impedimento milimétrico do lateral Dodô na origem da jogada.
O Botafogo de Luís Castro cresceu no segundo tempo com as substituições e foi eficiente. 34% de posse, oito finalizações, duas no alvo. Nas redes, com Victor Sá, que entrou na vaga de Junior Santos para completar contragolpe de manual, e Tiquinho Soares, que já chega a cinco gols na competição, É um time que vive de espaços para acelerar as transições ofensivas. No Nilton Santos precisa atacar e se atrapalha, quando sai fica mais confortável.
Por isso os míseros 19 pontos como mandante, com cinco vitórias, quatro empates e nove derrotas, sendo o terceiro pior do campeonato, e nove vitórias, quatro empates e cinco derrotas fora de casa, com 31 pontos e campanha inferior apenas à do invicto e histórico campeão Palmeiras.
Com 50 pontos, o time carioca esquenta a única briga boa que sobrou no Brasileiro. Título definido, G-5 bem encaminhado, Z-4 praticamente resolvido. Restam a última vaga na fase de grupos e as duas das fases anteriores. Seis times na briga.
O Galo, em tese um dos favoritos, vai se atrapalhando com os próprios erros em uma campanha que, pelo contexto, chega a ser ridícula. Ainda assim, as chances de permanecer no G-8 são razoáveis.
Já o Botafogo terá que contrariar a "lógica" contra o Santos no Rio de Janeiro e confirmar a força longe de seus domínios na rodada derradeira, contra o Athletico na Arena da Baixada. Só três pontos não vão resolver.
Mas como prever o que farão esses times de trajetórias inacreditáveis?
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