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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Festa justa para os Diegos, mas Flamengo não pode viver de gratidão

Diego Ribas, do Flamengo, chora ao se despedir dos gramados em sua última partida como jogador profissional - REUTERS/Sergio Moraes
Diego Ribas, do Flamengo, chora ao se despedir dos gramados em sua última partida como jogador profissional Imagem: REUTERS/Sergio Moraes

Colunista do UOL Esporte

12/11/2022 18h05

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A festa das despedidas para os Diegos, Alves e Ribas, no Maracanã foram justas. As renovações dos contratos em 2021 podem ser consideradas muito questionáveis, mas o saldo termina ainda mais positivo pelas conquistas deste ano.

Taças que tornaram histórica uma temporada que parecia fadada ao fracasso absoluto, sem sequer a conquista do estadual. Virou o terceiro mais vencedor do clube em todos os tempos. Não é pouco.

Mas incomodou o total desleixo depois da conquista da Libertadores. Pior ainda o conformismo de Dorival Júnior, que com as conquistas e pelo trabalho de revezamento das equipes deveria cobrar muito mais dos atletas. A alegação de desgaste físico e emocional soou como desculpa sem sentido.

Não é questão dos resultados, que foram péssimos, vexatórios. Apenas um ponto em nove contra times lutando contra ou afundados no Z-4. Mas até acontecem. A postura, porém, não é condizente com um time vencedor. O espírito de competição tem que ser forte, sempre. A desmobilização não pode ser total, praticamente largando a temporada.

Gabigol recebeu a camisa dez e a faixa de capitão dos Diegos. Em 2023 terá a responsabilidade de liderar e não viver do nome construído com todos os méritos, mas que precisa servir de exemplo. Sem escolher jogo ou fase para se dedicar. Muito menos desanimando por não ir para a Copa no Catar.

A grande questão é se será cobrado. Se todos serão cobrados. O paternalismo da direção influi diretamente na permissividade do treinador.

2023 precisa ser de página virada. O Flamengo não poderá viver de gratidão.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL