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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Em jogo "copeiro" no estilo Felipão, Athletico se afirma como grande

Jogadores do Athletico comemoram gol sobre o Botafogo em duelo direto da última rodada do Brasileirão - Gabriel Machado/AGIF
Jogadores do Athletico comemoram gol sobre o Botafogo em duelo direto da última rodada do Brasileirão Imagem: Gabriel Machado/AGIF

Colunista do UOL Esporte

13/11/2022 18h26

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O Athletico foi gigante no mata-mata ao longo da temporada. Só parou no campeão Flamengo, na Copa do Brasil e na final única da Libertadores.

Eliminou o bicampeão Palmeiras no torneio continental, além da vitória espetacular nas quartas sobre o Estudiantes na Argentina, com gol de Vitor Roque no último lance.

Time copeiro, no estilo Felipão. Vendeu muito caro os dois reveses para o melhor time do continente. Duas derrotas pelo placar mínimo.

Foi com esse espírito, na rodada derradeira, que o Athletico atropelou o Botafogo por 3 a 0 na Arena da Baixada. Domínio completo a partir dos 20 minutos de jogo e indo às redes na segunda etapa, com gol contra de Adryelson, depois Vitor Roque, logo após um gol anulado, e um golaço de Erick já nos acréscimos.

Massacre de 25 finalizações, 18 de dentro da área, dez no alvo. Com Terans de titular - inexplicável o início da final da Libertadores na reserva, diga-se. Mas sobrando com Kellven forte no apoio pela direita, Vitinho abrindo o campo pela esquerda e muita mobilidade de Fernandinho, Alex Santana, Vitor Roque e o próprio Terans. Muito volume de jogo.

Engolindo um Botafogo assustado com o peso do jogo. Deixando claro que o projeto que foi tocado com o Brasileiro em andamento não tinha caixa para o salto no G-6 ou no G-8. Claramente a imposição do adversário foi mental, de um time bem mais acostumado que o outro a disputas decisivas.

Adryelson, Cuesta, Tche Tche, Jeffinho e Tiquinho, os pilares alvinegros, não seguraram a pressão. Porque o trabalho de Luís Castro ainda não está maduro para um desafio desse tamanho. A vaga na Sul-Americana ficou de bom tamanho. Agora é perseverar, como fez John Textor com correção. Pré-temporada, uma maior estabilidade nas mudanças de peças, tempo e pés no chão.

O Athletico terá Felipão como "manager" ao estilo Alex Ferguson, com o auxiliar Paulo Turra como treinador e a força de um projeto consolidado. Sem uma conquista marcante no ano, mas com a solidez que garante o G-6. Para se afirmar como grande e incomodar os gigantes.

(Estatísticas: SofaScore)