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Japão surpreende Alemanha com virada histórica e melhor jogo da Copa
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O primeiro tempo da Alemanha foi de controle, com gol de pênalti e protagonismo de Gundogan.
O meio-campista do Manchester City ditava o ritmo com Kimmich, acelerando e cadenciando. Abrindo o campo com Gnabry pela direita, já que Süle era o lateral-zagueiro do setor, enquanto David Raum atacava o corredor esquerdo, com Musiala procurando Muller e Havertz por dentro.
Já a seleção japonesa sofria pela baixa intensidade, ou talvez respeito excessivo ao adversário tetracampeão mundial. Também pelos espaços às costas do lateral direito Sakai, que começou recebendo o auxílio de Ito, ponteiro no 4-2-3-1 do time asiático. Depois ficou sozinho e acabou facilitando a infiltração de Raum no lance em que o alemão sofreu o pênalti do goleiro Gonda.
Primeira etapa de 81% de posse e 14 finalizações dos alemães. Um massacre que saiu barato. E perigoso.
Gonda ainda salvou o Japão com quatro defesas consecutivas, quando Hans-Dieter Flick já havia trocado Gundogan e Muller por Goretzka e Hofmann, que foi jogar à direita, centralizando Musiala e trocando o lado de Gnabry.
Mas foram as mudanças de Hajime Moriyasu que alteraram o rumo do jogo. Primeiro arrumando atrás com Tomiyasu entrando no lugar de atacante Kubo, mas indo para a lateral proteger melhor o setor, empurrando Sakai para frente e Kamada indo para a esquerda. Em seguida, Sakai deu lugar a Minamino. Doan entrou na vaga de Tamada no meio e, na frente, Asano substituiu Maeda.
A Alemanha foi perdendo força na frente e no meio e expondo mais a última linha defensiva. .Doan empatou no rebote de jogada pela esquerda finalizada por Minamino, depois uma bola longa que Asano ganhou de um Schlotterbeck de atuação lamentável no segundo tempo para bater sem ângulo na saída de Neuer, que também apareceu com boa intervenção, antes mesmo do empate japonês.
Porque o segundo tempo foi fantástico, muito pelo crescimento exponencial da "zebra" na partida. O Japão subiu a posse para 34% e finalizou onze vezes, apenas uma a menos que a Alemanha. Quatro no alvo para cada lado. Construindo uma virada espetacular e também o melhor jogo da Copa até aqui.
Os reveses de Alemanha e Argentina mostram que a melhor maneira de controlar o jogo é colocando bolas nas redes dos adversários. Se não meter gols, o oponente perde o respeito e vai para cima. Foi assim que o Japão fez história.
(Estatísticas: SofaScore)
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