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Suíça não encanta, mas será, de novo, um adversário chato para o Brasil
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A vitória da Suíça na estreia contra Camarões teve a marca da leitura de jogo, especialmente na virada de um tempo para o outro.
No primeiro, o time europeu teve dificuldades para encaixar a execução de seu 4-2-3-1 que tinha a clara e habitual proposta de distribuir o jogo a partir de seus meio-campistas Freuler e Xhaka, movimentar Shaqiri da direita para dentro buscando os espaços às costas dos volantes e Embolo circulando para abrir espaços ou aparecer na área para finalizar.
Camarões respondia com um 4-3-3 organizado, com forte encaixe no meio-campo, os pontas Mbeumo e Ekambi se aproximando por dentro da referência Choupo-Moting e quem atacava os lados eram, pela direita, o lateral Collins Fai e, do lado oposto, o meia Martin Hongla.
Volume que fez os suíços sofrerem, tentando alternar Vargas e Shaqiri pelos flancos para acelerar contragolpes, mas perdendo as disputas físicas e sendo empurrados para trás. Apenas três conclusões, nenhuma na direção da meta de Onana.
Por outro lado, o goleiro Sommer não fez nenhuma grande defesa entre as cinco finalizações adversárias, três no alvo. Ou seja, a Suíça "soube sofrer", com resiliência e nenhuma ameaça real.
As respostas do treinador Murat Yakin na volta do intervalo foram melhores que as de Rigobert Song. Primeiro com o avanço de Freuler, se juntando ao meia Sow, ambos a frente de Xhaka para fazer a bola chegar rapidamente a Shaqiri, que foi ao fundo e, mesmo canhoto, usou o pé direito para fazer o simples, rolando para trás e Embolo, camaronês de nascença, marcando o gol único do jogo e não comemorando.
A Suíça tomou conta, atacando prioritariamente à direita, com o lateral Widmer fazendo dupla com Shaqiri contra o lateral Nouhou Tolou, que não tinha o auxílio do atacante Ekambi. Poderia ter ampliado, finalizando quatro vezes e tendo a chance mais clara no desvio de Gouet, quase marcando contra, mas evitando outro gol de Embolo.
As substituições pouco acrescentaram e de novo apareceu o desgaste pelo jogo às 13h do Qatar, ainda que em estádios climatizados. Coube à Suíça administrar os espaços e o tempo para garantir os três pontos.
Nenhum brilho, nada especial. Mas a Suíça vence, sai na frente no Grupo G e deve ser, mais uma vez, um adversário chato para o Brasil. Assim como foi no empate por 1 a 1 na estreia do último Mundial, na Rússia. Nada a temer, porém merece respeito.
(Estatísticas: SofaScore)
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