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Holanda abusa do pragmatismo, mas deve fugir da Inglaterra
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O Equador foi superior nos 90 minutos e poderia ter vencido.
Gustavo Alfaro mudou o sistema para três zagueiros, com Hincapié se juntando a Estupiñán para bloquear Dumfries, a grande opção de profundidade pelo flanco da Holanda, e atacar pelo mesmo setor, com o ala se juntando a Enner Valencia para cima do hesitante Timber, que falhou no gol equatoriano.
Porém vacilou no início, surpreendido pela mobilidade de Claassen e Gakpo no apoio a Bergwijn na frente e sofreu o gol logo aos cinco minutos, no belo chute de Gakpo, a grande novidade de Van Gaal até aqui. Meia do PSV, elegante, inteligente, boa estatura e ótima finalização.
Mas ficou nisso. Principalmente porque as mudanças no meio-campo, incluindo a entrada de Koopmeiners no lugar de Berghuis, obrigaram Frenkie De Jong, o mais talentoso do setor, a recuar demais, atuando mais próximo dos zagueiros.
A Holanda só voltou a jogar alguma coisa no segundo tempo, com a entrada de Memphis Depay, que substituiu Bergwijn e produziu pouco, mas ao menos tentou. O fato é que a seleção favorita abusou do pragmatismo, nitidamente jogando pelo empate.
Porque agora basta vencer por boa vantagem o fraquíssimo e já eliminado anfitrião Qatar para garantir a liderança do Grupo A, enquanto Equador e Senegal decidem uma vaga nas oitavas. Provavelmente contra a Inglaterra, favoritíssima a ser a primeira colocada do Grupo B.
A equipe sul-americana terminou com apenas 45% de posse, mas 15 finalizações a dois, quatro a um no alvo. A única bola na direção da meta de Galíndez entrou. E acabou prejudicada por uma marcação acertada, pelas novas "orientações" à arbitragem, mas absurdamente incoerente pela presença de um jogador na frente do goleiro Noppert, mas que em nada interferiu no desvio de Estupiñán que saiu do alcance do goleiro.
Ainda a preocupação com Enner Valencia, que marcou o gol de empate, terceiro neste mundial e o sexto em Copas, e sentiu o joelho. A última rodada virou decisão e a presença do artilheiro será fundamental para os sul-americanos. Se não jogar, mais um ponto a favor da Holanda para fugir dos ingleses. Essa é a tendência.
(Estatísticas: SofaScore)
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