França é primeira garantida e Mbappé candidatíssimo a artilheiro das Copas

A Dinamarca é uma decepção no Mundial, mas o estilo costuma encaixar contra a França. Não por acaso, venceu os dois confrontos pela Liga das Nações.

Didier Deschamps demonstrou respeito, inclusive obrigando Dembélé a voltar com o ala Maehle e liberar Mbappé do lado oposto. O suficiente para os campeões mundiais dominarem o primeiro tempo e ficarem mais próximos do gol. Só pecava por jogar muito pelos flancos e acionar pouco Griezmann por dentro, na execução do 4-2-3-1.

Mas quando Mbappé e Theo Hernández conseguiram a sintonia perfeita pela esquerda a Dinamarca não resistiu. Mais um gol do camisa dez, sempre o diferente e desequilibrante. Erra tomadas de decisão, dá "pixotadas" às vezes inexplicáveis, mas quase sempre é um terror para qualquer defesa.

Só que a Dinamarca é semelhante à Suíça, que mandou a França para casa na Eurocopa: é resiliente e persistente. Melhorou com as substituições e empatou no jogo aéreo, com Christensen. Parecia a senha para mais uma virada.

Mas a França tinha força mental, um Rabiot surpreendentemente consistente e competitivo...e tem Kylian Mbappé. Assistência de Griezmann, toque meio de joelho do candidatíssimo a maior artilheiro da história das Copas.

Sim, porque já são sete, aos 23 anos. Só Pelé, com 21 em 1962, chegou a esse número mais jovem. A França é a primeira garantida nas oitavas e pode ir longe no Qatar. O camisa dez ainda teria, pelo menos, mais duas Copas para disputar. Os 16 de Miroslav Klose parecem logo ali.

Ainda mais para quem marcou 14 nos últimos 12 jogos pela seleção, totalizando 31 gols e igualando ninguém menos que Zinedine Zidane.

Qual é o limite para Mbappé?