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Brasil sofre, mas dá enorme demonstração de força
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Não era um jogo fácil, longe disso. Não só pelos desfalques importantes de Danilo e, principalmente Neymar, mas também pela capacidade competitiva da Suíça, que empatou com o Brasil na última Copa, eliminou a França na Eurocopa e compete forte sempre com as melhores seleções do mundo. Você leu antes AQUI que seria um adversário chato.
Militão na lateral direita e Fred no meio, com Paquetá na função de Neymar. A equipe de Tite controlava o jogo, mas tinha dificuldade de circular rapidamente a bola para fazer chegar aos pontas. Para Vinicius Júnior, em especial, era complicado pela marcação dupla, do lateral Widmer e também de Rieder, escalado no lugar de Shaqiri para executar a função específica de dobrar o cerco ao principal atacante brasileiro em campo.
A Suíça se fechava com uma linha de quatro e outra de cinco, com o meia Sow muito próximo dos volantes Xhaka e Freuler, e esperava o momento de acelerar com Embolo e Vargas, os únicos escapes para as transições ofensivas. Só conseguiu criar alguns problemas quando o jogo ficou mais direto e aleatório, no segundo tempo.
Tite trocou Paquetá por Rodrygo na volta do intervalo e só tirou Fred quando este levou amarelo e deu lugar a Bruno Guimarães. O desempenho oscilou, a disputa ficou em um clima de "briga de rua" e veio o lance que poderia ter mudado tudo:
Bola esticada para Richarlison, impedido, disputar a bola que chegou a Vinicius Júnior. Velocidade para sair do alcance do carrinho do zagueiro Elvedi e toque na saída de Sommer. Comemoração catártica, dentro, fora de campo, na vizinhança e até na casa deste que escreve.
Uma euforia do tamanho da frustração com o lance anulado. Se para um jornalista que teria que produzir esse texto deu vontade de desligar a TV e chutar tudo, imagina a força mental necessária para o atleta profissional retomar imediatamente a concentração no jogo.
E o Brasil retomou, inclusive voltando a dominar as ações. Com Antony e Gabriel Jesus nas vagas de Raphinha e Richarlison, seguiu atacando e defendendo com equilíbrio,
O caminho continuava sendo a esquerda e Tite orientou Rodrygo a se aproximar de Vinicius. Deu certo, no gol da vitória. Com a marca do Real Madrid campeão espanhol e da Liga dos Campeões 2021/22. De Vinicius para Rodrygo, deste para Casemiro, que apareceu como elemento surpresa e tirou qualquer chance de defesa de Sommer com uma belíssima finalização.
Para outra catarse, agora completa. Que poderia ter sido ainda maior se Rodrygo tivesse aproveitado a assistência de Vinicius em rápido contragolpe. Não precisou para garantir seis pontos e ser segunda seleção garantida nas oitavas.
Domínio com 54% de posse, 13 finalizações a seis, cinco a zero no alvo. Mas ficou com cheiro de empate, principalmente depois do anticlímax do gol anulado.
E o Brasil venceu. Pode não conquistar o hexa, já que jogos eliminatórios são cruéis e o equilíbrio no universo de seleções é insano. Mas foi um trunfo que dá enorme demonstração de força. O time de Tite é cascudo. Solidez defensiva, talento na frente, titulares e reservas, lideranças firmes como Marquinhos, Thiago Silva e Casemiro e muita força mental. Não é pouco.
(Estatísticas: SofaScore)
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