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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

França e Argentina já estão nas quartas, os outros que lutem

Julián Álvarez e Enzo Fernandez comemoram gol da Argentina sobre a Polônia - Clive Brunskill/Getty Images
Julián Álvarez e Enzo Fernandez comemoram gol da Argentina sobre a Polônia Imagem: Clive Brunskill/Getty Images

Colunista do UOL Esporte

30/11/2022 18h27

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Você já leu algumas vezes neste espaço que o universo de seleções é muito equilibrado. Inquestionável. Mas para tudo há limites.

Se França e/ou Argentina forem eliminadas por Polônia e Austrália, respectivamente, nas oitavas da Copa será uma zebra maior que a vitória da Arábia Saudita sobre a albiceleste na primeira rodada.

Os franceses perderam para a Tunísia por 1 a 0, mas já classificada e iniciando com reservas. Com titulares e focada, venceram as duas primeiras, com o bom desempenho esperado para a atual campeã e uma das favoritas. Mbappé novamente desequilibrando com gols, velocidade e improviso. Apesar dos sérios desfalques, a imposição técnica foi inquestionável.

A Polônia se classificou no saldo de gols, depois de fracas atuações, com Lewandowski conseguindo marcar o primeiro gol em Copas com "assistência" de um árabe, porque se depender dos companheiros...Na primeira fase, apenas o goleiro Szczesny se salvou, com grandes defesas, incluindo dois pênaltis, um de Messi. Com a bola é uma equipe que tem que melhorar muito para ser considerada apenas ruim. Chance quase zero, mesmo em jogo único e sua imprevisibilidade.

Já a Argentina fez sua melhor exibição no Mundial, com domínio absoluto. Melhor organizada para atacar, com os laterais Molina e Acuña abrindo o campo e Di María e Messi ganhando a companhia por dentro de Mac Allister e Julián Álvarez. Com Enzo Fernández melhorando a distribuição de trás com De Paul. Muito volume de jogo, repertório e, mesmo sem Messi brilhar, autoridade para fazer 2 a 0, que poderia ter sido seis.

A Austrália não será páreo. Classificada no "vácuo" da campanha ridícula e decepcionante da Dinamarca. Forte na Eurocopa, nas eliminatórias e na Liga das Nações, fraquíssima no momento mais importante. Só a Bélgica parece mais desinteressada. Melhor para a seleção de Leckie e também do forte e seguro zagueiro Harry Souttar. Mas a derrota por 4 a 1 para a França é o parâmetro para o duelo com um dos favoritos. A chance é o acaso. Só.

Não vai acontecer. Os outros que lutem. Argentina e França já estão nas quartas de final. A primeira contra Holanda ou Estados Unidos, a segunda contra Inglaterra ou Senegal. Aí, sim, devem ser desafiadas.