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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Inglaterra jogou como nunca e...a França aumenta a "casca" atrás do bi

Olivier Giroud comemora seu gol pela França na partida contra a Inglaterra - ADRIAN DENNIS / AFP
Olivier Giroud comemora seu gol pela França na partida contra a Inglaterra Imagem: ADRIAN DENNIS / AFP

Colunista do UOL Esporte

10/12/2022 18h20

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Foi o melhor jogo da Copa. Disparado. Nível reta final de Liga dos Campeões da Europa.

A Inglaterra mostrou uma personalidade nunca vista antes em jogo grande. Empurrou a campeã França para trás na maior parte do jogo.

Com Walker e Stones controlando Mbappé, Kane se movimentando e abrindo espaços para Saka, Foden, Henderson e Bellingham. Muita intensidade e volume de jogo.

Mas a França carrega a cultura da vitória e jogadores outrora pouco competitivos, como Rabiot e Dembelé, parecem ter encarado os desfalques como uma razão para deixarem tudo em campo.

Tchouaméni compensa as ausências de Kanté e Pogba sendo um "mix" dos dois, e ainda jovem. E abrindo o placar em chute forte de longe que Pickford aceitou.

Quando a Inglaterra empatou com Kane em cobrança de pênalti, já era melhor na partida e tinha motivos para reclamar da arbitragem de Wilton Pereira Sampaio. O brasileiro que tem o costume de parar demais o jogo na América do Sul e, querendo dar ritmo na Copa, deixou de marcar faltas claras. A maioria para os ingleses.

Mas os comandados de Gareth Southgate não podem alegar interferência direta no resultado. Porque a França foi precisa quando Griezmann, outro que cresce com a camisa da seleção e tem se sacrificado no meio para que Rabiot cubra o lado esquerdo e dê liberdade a Mbappé, colocou na cabeça de Giroud, maior artilheiro da seleção francesa com 53 gols e decidindo tudo que não conseguiu em 2018.

Kane teve a chance do empate no tolo pênalti em Mount de Theo Hernández, que não é um bom defensor. Mas isolou a cobrança, talvez pressionado pela segunda cobrança contra Lloris, seu companheiro de Tottenham.

A Inglaterra teve 57% de posse, finalizou 16 vezes, o dobro da França. Jogou como nunca e perdeu como sempre, ou desde 1966.

A França sofreu, mas sobreviveu e ganha ainda mais "casca" em busca do bi. Mas vai precisar de paciência e de um Mbappé novamente desequilibrante, contra o companheiro de PSG, Hakimi, para superar Marrocos e chegar à nova final. É a grande favorita.

(Estatísticas: SofaScore)