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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Marrocos cai de pé, França vai lutar pelo bi histórico sem favoritismo

Theo Hernández e Giroud comemoram gol do lateral na partida entre França e Marrocos - Divulgação/Fifa
Theo Hernández e Giroud comemoram gol do lateral na partida entre França e Marrocos Imagem: Divulgação/Fifa

Colunista do UOL Esporte

14/12/2022 18h14

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A trajetória de Marrocos nesta Copa já era apoteótica, como primeira seleção africana semifinalista. Historias para contar por um século.

O desempenho contra a França, mesmo derrotada por 2 a 0, só aumentou o respeito e admiração de quem ama este esporte. Fibra, entrega e, sobretudo, coragem.

Obrigado a se abrir depois do gol que condicionou o jogo. De Theo Hernández, que substituiu o irmão Lucas, lesionado na estreia, e formou uma ótima ala pela esquerda com Mbappé. Aproveitou o rebote do chute do camisa dez e abriu o placar logo aos cinco minutos.

A armação inédita de Walid Regragui, formando linha de cinco atrás, caiu por terra justamente por um bote errado do zagueiro Yamiq em Griezmann no início da jogada. Mas depois o zagueiro quase compensou com uma linda bicicleta na trave, com toque de Lloris.

Giroud teve duas chances de resolver o jogo, mas desta vez não foi às redes. Complicou a partida, apesar da bela atuação de Tchouaméni, que fez dupla desta vez com Fofana, o substituto do lesionado Rabiot. Konaté substituiu Upamecano, também contundido, na zaga e também foi seguro. Koundé formou bem pela direita a última linha, incluindo um gol salvo já nos acréscimos.

Marrocos caiu de pé. Atacou, com força da dupla luxuosa Hakimi/Ziyech à direita. Finalizou 13 vezes e criou um clima no estádio, inclusive pela paixão do torcedor, de que seria possível o empate. Também por conseguir conter Mbappé nos contragolpes.

O camisa dez novamente não marcou gol, mas desequilibrou na jogada espetacular que terminou no toque de Kolo Muani, que substituiu Dembelé e marcou no primeiro contato com a bola. Sorte de finalista em busca do bi histórico, igualando a Itália 1934/38 e Brasil 1958/62.

Mas a luta pelo tri, no geral, com a Argentina será duríssima. Provavelmente muito mais que os 4 a 3 das oitavas em 2018, apertado apenas no placar. Mbappé destruiu com os espaços generosos cedidos pela desorganização da equipe de Jorge Sampaoli, que fez de Messi a principal vítima.

Agora é outra história. E não há favoritos. Ou, pela queda da França nos dois últimos jogos, a taça hoje parece mais próxima das mãos do camisa dez genial da albiceleste. Veremos no domingo.

(Estatísticas: SofaScore)