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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Terceiro lugar é prêmio ao ato final da Era Modric na Croácia

Modric em ação pela Croácia durante partida contra Marrocos - REUTERS/Lee Smith
Modric em ação pela Croácia durante partida contra Marrocos Imagem: REUTERS/Lee Smith

Colunista do UOL Esporte

17/12/2022 14h05

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O clima de disputa do terceiro lugar na Copa do Mundo foi pior para Marrocos. Menos intenso e competitivo, talvez mais triste. Ainda que a campanha da primeira africana semifinalista já fosse histórica e heroica.

Para os croatas talvez a motivação fosse maior, pelo fim de ciclo com um terceiro lugar valioso, combinado com o vice em 2018. Uma jornada também histórica.

Com mais espaços, valeu a técnica. Seja na jogada tipicamente ensaiada e executada com perfeição no desvio de Perisic, que jogou como lateral esquerdo, e o gol de Gvardiol, um dos melhores zagueiros do Mundial.

Marrocos ainda foi feliz na bola parada que desviou em Majer, subiu e caiu para o zagueiro Achraf Dari apenas empurrar para as redes. Mas Orsic, que entrou na ponta esquerda, mostrou novamente sua qualidade na batida na bola para definir os 2 a 1.

Não faltou luta aos africanos. Quase empatando com En-Nesyri no final e reclamando muito da arbitragem, embora o lance mais discutível tenha sido um pênalti a favor da Croácia. Não absurdo, mas marcável.

No final, o prêmio ao último ato da "Era Modric" em um Mundial. O símbolo de uma geração técnica e inteligente. O camisa dez que se comporta como os lendários armadores do basquete. Como John Stockton, memorável no Utah Jazz, por exemplo.

Sempre atento à movimentação geral, quase nunca olhando para a bola. Desmarque o tempo todo para ser opção. Técnica é fundamental, mas a visão do todo é a diferença.

Não é acaso a carreira tão vencedora. Nem o pódio em mais uma Copa do Mundo.