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André Rocha

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Maior final das Copas consagra Messi e aponta o futuro com Mbappé

Messi beija Di Maria após a Argentina vencer a França na final da Copa do Mundo - Divulgação/Fifa
Messi beija Di Maria após a Argentina vencer a França na final da Copa do Mundo Imagem: Divulgação/Fifa

Colunista do UOL Esporte

18/12/2022 15h30

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A Argentina era dona absoluta da final da Copa até a saída de Di María.

Concentração, fibra, organização, Messi achando fácil os espaços entre as intermediárias e Di María, aberto pela esquerda, dando um baile em Koundé e em quem aparecesse pela frente. Inclusive Dembelé, que cometeu o pênalti mais que questionável que começou a escrever a história da maior final de todas das Copas.

Depois contragolpe de manual e o segundo de Di María. A decisão parecia definida na primeira etapa, com a França perdida e novatos, como Koundé, Theo Hernández e Tchouaméni, em pânico. Coragem de Didier Deschamps ao fazer trocas ainda antes do intervalo. Tirou Giroud e Dembelé, colocando Muni e Thuram.

Depois trocou Griezmann e Theo Hernández por Coman e Camavinga. Di María saiu, porque não aguentaria os 90 minutos, e entrou Acuña. Mas atribuir o que aconteceu a partir daí às substituições seria simplesmente oportunismo.

A Argentina sentiu o desgaste, sim, porém o empate se deu pela eficiência de Mbappé. Primeiro no pênalti bem cobrado que despertou a França, depois completando com precisão a assistência de Thuram. Empate simplesmente improvável.

O mesmo na prorrogação maluca de chances perdidas por Lautaro Martínez e Muani, vilões, mas também protagonistas. O argentino finalizando e Messi marcando o terceiro e o francês chutando e Montiel cometendo o tolo pênalti que Mbappé converteu para fechar os 120 minutos mais inacreditáveis de uma decisão de Mundial. 3 a 3.

Assim como aconteceu contra a Holanda nas quartas, a competência nos pênaltis deu o tri à albiceleste. De Emiliano Martínez nas defesas, parando Coman e pressionando Tchouaméni, que tirou demais e jogou fora. Convertendo todas as cobranças.

Mbappé, artilheiro do Mundial com oito e, provavelmente, o recordista já em 2026 - tem doze e faltam quatro para alcançar Klose - acertou a sua terceira cobrança na disputa. No que dependeu dele a França seguiu respirando. Final enorme e um belo roteiro de filme pela frente. É o futuro.

Mas a consagração em 2022 é de Messi. Vice-artilheiro, líder em assistências. Chegou aos 13 no total, um a mais que Pelé. Mas campeão mundial, enfim. Aos 35 anos, tirando de vez o "asterisco" na carreira repleta de taças e prêmios individuais. Melhor e agora maior que Cristiano Ronaldo. Para este que escreve, só abaixo de Pelé. O melhor que vi desde 1973. O vencedor de uma disputa épica, inesquecível.